UFG sedia Regional Centro-Oeste da 1ª Obsat MCTI
Olimpíada científica reúne estudantes do ensino fundamental, médio e superior de todo o país
A etapa Centro-Oeste da 1ª Olimpíada Brasileira de Satélites MCTI (Obsat) foi realizada no último sábado, 17/9, no pátio externo da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac), no Câmpus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG). As atividades programadas se estenderam durante todo o dia e os presentes puderam assistir entrevistas e palestras. Mas o momento mais esperado era o lançamento dos satélites: por meio de um balão estratosférico com dois metros de diâmetro enchido com gás hélio, quem estava lá pode ver a sonda que continha dois satélites subir e se movimentar até perder de vista. Os dois satélites lançados foram das equipes de nível N2 e N3: Robotic Engineers e GamaCubeDesign, respectivamente.
O balão pode subir até uma altura de 20 km, onde ele alcança o máximo de sua expansão (14 metros) e explode. A partir daí, o paraquedas que acompanha o dispositivo é ativado e permite que a descida seja menos abrupta para não danificar os equipamentos. Por meio de um localizador, os estudantes vão em busca dos satélites, que podem ter caído a dezenas de quilômetros de distância do local do lançamento.
A partir das últimas coordenadas, a organização do evento estima que eles tenham caído em alguma propriedade rural entre os municípios de Luziânia e Cristalina. "Sobre o resgate, estamos juntando esforços para que exista uma divulgação da perda da sonda e dos satélites para uma possível recuperação com a comunidade local", explica o estudante Wesley Flávio Gueta, que integra a organização da Obsat.
A Obsat possui 5 fases principais: 1) planejamento; 2) construção, programação e teste do satélite; 3) lançamento do satélite (etapas regionais); 4) lançamento do satélite (etapa nacional) e 5) apresentação de resultados. A progressão entre fases é classificatória e dependerá da avaliação dos projetos em cada etapa. Na Fase 1, 350 equipes de todo o país submeteram seus projetos; na fase 2, os melhores projetos de acordo com os avaliadores foram selecionados para a Fase 3, que compreende as etapas regionais, como a que aconteceu na UFG.
Foram classificadas 14 equipes para a Regional Centro-Oeste: nove participaram da competição e duas atuaram como membros do comitê regional de organização e foram avaliadores da competição porque já fazem parte do SuperTime. As primeiras colocadas da lista abaixo seguem para a Fase 4 da Obsat.
Colocação - 1ª Obsat - Etapa Regional Centro-Oeste |
Nível 1 - Ensino Fundamental
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Nível 2 - Ensino Médio e Técnico
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Nível 3 - Ensino Superior
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Responsável pela Coordenação da Popularização da Ciência da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec), Renato Cândido explica que a Obsat envolve a interdisciplinaridade com a Engenharia Mecânica, Computação e a Tecnologia Aeroespacial. "Essas ações de popularização da ciência são importantes para a UFG, ainda mais uma olimpíada em que a comunidade é convidada a participar, como aconteceu na Obsat. Nós nos aproximamos da sociedade e mostramos a nossa universidade contribuindo para a ciência, tecnologia e inovação. A olimpíada também atrai as instituições formadoras, como as escolas da rede básica e isso pode inspirar os alunos a seguirem a carreira científica", defende.
SuperTime
Durante a avaliação dos projetos da Fase 2, a comissão avaliadora identificou dez projetos e equipes excepcionais de todo o Brasil, que demonstraram organização, competência, capacidade técnica, integração e trabalho em equipe. A ideia era formar um SuperTime e a UFG conquistou duas dessas dez vagas com as equipes na categoria ensino superior (nível 3): Millenium e GoyaSat.
Essas equipes são compostas por discentes da Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação (EMC), que também integram o recém-criado Núcleo de Pesquisas Aeroespaciais (NPA/UFG), que é coordenado pelo docente do Instituto de Informática (INF), Aldo Díaz-Salazar e tem como subcoordenador, o professor da EMC, Marco Antonio Assfalk de Oliveira.
O professor Aldo orienta a Milleniun e explica o que representa essa conquista: “Isso significa que, como SuperTime as nossas equipes saem da trilha da olimpíada e entram no projeto Super Time o qual terá como oportunidade diferenciada o lançamento de um satélite em órbita espacial real (sendo que na trilha da olimpíada haverá lançamentos simulados em balão estratosférico e sub-orbitais)”, explica.
Saiba mais
Regional Centro-Oeste da 1ª Obsat MCTI conta com duas equipes da UFG
1ª Olimpíada Brasileira de Satélites MCTI - Regional Centro-Oeste
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资源: Secom