UFG é reconhecida por pesquisas alternativas ao uso de animais
Pesquisadores do Laboratório de Farmacologia e Toxicologia Celular conquistam prêmio do MCTIC
Texto: Patrícia da Veiga
Foto: divulgação
O Laboratório de Farmacologia e Toxicologia Celular (FarmaTec) da Faculdade de Farmácia (FF) foi premiado cinco vezes neste ano de 2017, pelo trabalho dedicado à avaliação de toxicidade sem uso de animais com metodologias inovadoras, conhecidas como metodologias alternativas ao uso de animais. A última menção de reconhecimento foi dada a Artur Christian Garcia da Silva, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas e integrante do FarmaTec, pelo terceiro lugar conquistado na categoria Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Prêmio MCTIC de Métodos Alternativos à Experimentação Animal. A solenidade ocorreu na noite de quarta-feira (29/11), em Brasília.
A premiação foi organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações (MCTIC), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a colaboração institucional da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e o patrocínio do Grupo Boticário. Em sua primeira edição, o objetivo do prêmio foi incentivar pesquisas com a proposta de repensar a experimentação animal a partir de princípios como substituição, redução e refinamento. O trabalho de Artur, orientado pela professora Marize Valadares e intitulado "Modelo epitelial 3D aplicado a investigação de toxicidade ocular para suporte a inovação no Brasil", preencheu tais quesitos.
A pesquisa premiada vem desenvolvendo um modelo de córnea humana artificial que pode ser utilizado na substituição dos testes de irritação ocular feitos tradicionalmente em coelhos. Tal modelo foi desenvolvido inteiramente na UFG, com recursos de agências de fomento nacionais. Conforme Artur Silva, a iniciativa do FarmaTec atribui à ciência brasileira o domínio dessa tecnologia de produção, atualmente disponível apenas internacionalmente. "A relevância do estudo reside no fato de que o Brasil está revendo os protocolos de avaliação e classificação de irritantes oculares, visando se adequar aos padrões internacionais. Dessa forma, esse modelo se torna mais uma ferramenta do arsenal de métodos de avaliação toxicológica no país, favorecendo o suporte à inovação", explicou o pesquisador.
Há duas semanas, o Portal UFG noticiou que Renato Ivan Ávila, doutorando em Ciências da Saúde e também integrante do FarmaTec, foi destaque no Lush Prize 2017. Além dos dois, o Laboratório conquistou mais três prêmios:
34a. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisas em Odontologia, 1° lugar na modalidade Apresentação Oral. Trabalho: “Avaliação de fitoterápico com finalidade de profilática e curativa para mucosite oral: estudo piloto”. Tema da pesquisa de doutorado de Diego Arantes, do Programa de Pós-Graduação em Odontologia.
XX Congresso Brasileiro de Toxicologia, 1° lugar na modalidade Apresentação Oral. Trabalho: “Effects of a mucoadhesive formulation containing curcuminoids (Zingiberaceae) and bidens pilosa L. (Asteraceae) extract for prevention and treatment fo oral mucositis”. Parte dos resultados do doutorado de Edvande Xavier dos Santos Filho, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde.
XX Congresso Brasileiro de Toxicologia, menção honrosa. Trabalho: “Reconstructed human Cornea-like Epithelium test for ocular toxicity assessment of eyebrow hena”. Parte dos resultados de Artur Christian Garcia da Silva, o mesmo reconhecido pelo MCTIC.
Artur Silva e Marize Valadares, pesquisadores do FarmaTec, da Faculdade de Farmácia
Fuente: Ascom/UFG
Categorías: Última Hora Prêmio metodologias alternativas experimentação animal