INCT-EECBio se reúne na UFG

Rede de pesquisadores valoriza contribuição científica de Goiás

On 06/05/17 14:01 .

Reunião do Instituto Nacional de Ecologia, Evolução e Conservação da Biodiversidade está sendo realizada na UFG

Texto: Carolina Melo

Fotos: Ana Fortunato

O início das atividades do Instituto Nacional de Ecologia, Evolução e Conservação da Biodiversidade (INCT-EECBio) foi marcado pela confraternização de pesquisadores e entidades parceiras na manhã desta segunda-feira (5/6). Durante o evento, o palestrante e professor da Universidade Santa Cecília (Unisanta) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Miguel Petrere Júnior, recebeu uma homenagem pelos serviços que vem prestando ao conhecimento científico e à docência acadêmica.

O tom do encontro foi de fortalecimento dos centros de pesquisas no Estado de Goiás e da formação das redes qualificadas de pesquisadores. Segundo a presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Maria Zaíra Tuchi, se para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MTCI) o programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) é estratégico ao País, para a Fapeg o programa é prioritário no Estado. “Tenho a certeza do trabalho que resultará em dados, indicadores, que poderão ser utilizados por pesquisadores, sendo referência para agências, governos e instituições conectadas com as grandes questões do mundo”, afirmou.

INCT

Pesquisadores se reúnem na primeira reunião do INCT em Ecologia, Evolução e Conservação da Biodiversidade

A pró-reitora de Pesquisa e Inovação, Maria Clorinda Fioravanti retomou o histórico de formação dos INCTs no País e ressaltou importância da Rede Centro-Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação (Pró-Centro-Oeste) para a consolidação dos dois Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia de Goiás. De acordo com a docente, 90% do conhecimento científico vêm das universidades brasileiras e são essas as instituições que devem ser valorizadas em termos de financiamentos públicos. “Devemos trabalhar por uma política de Ciência e Tecnologia”, ressaltou.

Por sua vez, o vice-reitor da UFG, Manoel Chaves, destacou o crescimento da Universidade em termos de atendimento à demanda de novos discentes e docentes, ofertando mais espaço para a sociedade e para novos pesquisadores. Segundo ele, a instituição assumiu o compromisso de incluir no espaço acadêmico pessoas historicamente excluídas, assim como também de trazer novos pesquisadores. “Com isso praticamente dobramos de tamanho e triplicamos os programas de pós-graduação”. O vice-reitor também destacou o papel do novo Instituto. “Analisar, pensar e estudar a sustentabilidade na nossa região é fundamental”.

Também participaram da mesa diretiva o coordenador-geral do INCT em Ecologia, Evolução e Conservação da Biodiversidade, José Alexandre Felizola, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Ivano Devilla, o professor da Universidade Católica de Goiás (UCG), Nelson Jorge da Silva Júnior, representando a pró-reitora de pós-graduação e pesquisa, Milca Severino, e o diretor do Instituto de Ciências Biológicas da UFG, Augusto Fiqueiredo.

Divulgação científica

Tanto a presidente da Fapeg, Maria Zaíra Tuchi, quanto a pró-reitora de Pesquisa e Inovação, Maria Clorinda Fioravanti, enfatizaram a dificuldade das universidades em publicizar o conhecimento científico acadêmico. “Nós sabemos fazer dentro das universidades ciência altamente qualificada, mas sabemos fazer pouco a tradução desse conhecimento para a sociedade”, afirmou Zaíra Tuchi.

Para a pró-reitora Maria Clorinda, deve-se fazer um exercício maior para a divulgação do conhecimento produzido pelas universidades. “Somos eficientes em produzir conhecimento. Mas não somos bons em produzir conhecimento que é retornado em qualidade e bem estar para a sociedade”. De acordo com ela, a universidade deve gerar mais visibilidade ao que é produzido e também valorizar a extensão. “O conhecimento tem que chegar à sociedade”.

INCT em Ecologia, Evolução e Conservação da Biodiversidade

Conforme apresentou o coordenador-geral, José Alexandre Felizola, o INCT começou a ser pensado em 2014 e gradativamente foi sendo construída a rede nas áreas de ecologia, evolução, conservação e biodiversidade. Congrega atualmente cerca de 150 pesquisadores do Brasil e outros países e é dividido em três grandes linhas de pesquisa: Padrões de diversidade em diferentes níveis de organização e escalas de tempo e espaço; Adaptação e evolução do nicho ecológico e mudanças climáticas; e Planejamento em conservação e uso sustentável da biodiversidade. Entre os objetivos e metas do INCT estão o apoio a projetos de pesquisa integrados, a consolidação de produções científicas integradas, a inserção internacional e a criação de um centro de referência para análise e avaliação da biodiversidade.

 

Source: Ascom UFG

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