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amamentação

Amamentação pode reduzir a morte de bebês prematuros

On 02/22/17 14:11 .

Projeto integra grupo de pesquisadores que buscam reduzir e manejar os nascimentos prematuros

Texto: Julia Pontes

O aleitamento materno é uma prática natural e, geralmente, acontece assim que o bebê nasce. Porém, em casos de nascimento prematuro, é mais difícil manter a amamentação devido à condição frágil em que a criança se encontra, fator que torna mais grave a situação do bebê. Porém, a pesquisa realizada na UFG vem estudando a amamentação como uma forma de reduzir a morte dos bebês prematuros.

O estudo teve início em 2013 a partir da iniciativa da Fundação Bill & Belinda Gates, Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em financiar projetos que tinham como fim prevenir e manejar os nascimentos prematuros. Além de pesquisadores na UFG, o trabalho envolve equipes de outros centros no Brasil e parceiros internacionais do Canadá e Suécia. A tentativa é de implementar e testar a Iniciativa dos Hospitais Amigo da Criança para Unidades Neonatais (IHAC – Neo), que busca promover essa política de amamentação adaptada para os bebês prematuros nas unidades neonatais do Brasil. Em Goiânia, o trabalho é realizado na Maternidade Dora Íris.

A coordenadora da Região Centro-Oeste e professora da Faculdade de Enfermagem (FEN), Thaíla Castral, indica alguns itens necessários para que a prática tenha sucesso. “É preciso uma equipe de saúde capacitada, apoio da família, dos amigos, acesso irrestrito dos pais e facilidades na unidade neonatal e desejo de amamentar”, afirma. Além dos itens citados, a professora ressalta a importância dos profissionais de saúde serem treinados em conhecimentos específicos da área e das mães serem informadas sobre os benefícios da amamentação para a estabilidade do bebê.

Alto índice de cesáreas

O Projeto de Lei nº 5.687, apresentado na Câmara dos Deputados em junho de 2016, tenta liberar a realização de cesáreas a partir da 37ª semana de gestação, o que favorece mais ainda o nascimento de bebês prematuros. “Atualmente a prematuridade é a principal causa de mortes neonatais, até 28 dias de vida, sendo o alto número de cesarianas eletivas, sem indicação médica, um fator importante para o aumento do nascimento de bebês prematuros”, alerta Thaíla.

Os pesquisadores dos projetos que visam reduzir o número de mortes de bebês prematuros se uniram em uma carta manifesto para se posicionarem contra tal projeto de lei (acesse aqui). Segundo a professora, o aleitamento materno nessa fase precisa de muitas práticas de apoio no país, pois pode salvar muitas vidas e, ainda assim, enfrenta dificuldades na sua implementação, tanto por fatores culturais, quanto a própria falta de profissionais de saúde capacitados e a necessidade de políticas em apoio ao aleitamento materno.

Source: Ascom UFG

Categories: Release Última Hora

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