Dedicação ao Cerrado marca a trajetória de professor da UFG
Ângelo Rizzo é docente da UFG desde a sua fundação e acumula prêmios e reconhecimentos pela sua vida acadêmica
Texto: Caroline Pires
Fotos: Adriana Silva
Uma vida dedicada ao ensino e à pesquisa. Esta tem sido a trajetória do professor José Ângelo Rizzo. O livre-docente, que se dedica à UFG desde a sua fundação, tem a vida marcada por prêmios e homenagens, as mais recentes foram uma menção honrosa na 15º Edição do Prêmio Crea de Meio Ambiente e uma homenagem durante XXIV Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em setembro deste ano.
Professor na UFG há mais de 50 anos, Ângelo Rizzo dedicou duas décadas para realizar o trabalho de catalogar a flora do estado de Goiás, que na época incluía a região que hoje pertence ao Tocantins. Como resultado de sua dedicação, o professor possui hoje mais de 48 livros publicados, entre eles a Coleção Rizzo, que é reconhecida nacionalmente como uma das melhores obras do gênero. O pesquisador descobriu diversas espécies, muitas das quais foram batizadas com referências ao seu nome, como as plantas do cerrado Tassadia rizzoania e a Pilosocercus rizzoianus.
Além disso, a unidade de conservação da UFG, o Jardim Botânico de Goiânia, as reservas biológicas de Serra Dourada e da UFG (Escolas de Veterinária, de Agronomia e Engenharia de Alimentos), bem como o Bosque Auguste Saint-Hilaire, são decorrências quase que direta de sua luta ambientalista. Mesmo aposentado há 16 anos, o professor atua hoje como diretor da Unidade de Conservação da UFG.

Professor da UFG há mais de 50 anos, Ângelo Rizzo possui obras que se tornaram referência nacional na área da Botânica
Seu comprometimento com a educação gerou número invejáveis. O professor lembra que já ministrou aulas para mais de 40 mil alunos ao longo de todos esses anos e percorreu mais de 500 mil quilômetros no trabalho de catalogação de plantas do Cerrado. Ângelo Rizzo recebeu ainda o título de professor emérito da UFG no ano 2000 e o título de cidadão goianiense em 2003. Em sua carreira, o ambientalista recebeu diversas outras homenagens, entre elas o Troféu Aroeira, concedido pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, o diploma da Fundação Cultural do Estado de Goiás, em homenagem aos seus trabalhos de ensino e pesquisa.
Reserva biológica
A Reserva Biológica Prof. José Ângelo Rizzo – Serra Dourada, criada pelos esforços do professor em 1969, é um dos maiores feitos da carreira do docente. Situada no município de Mossâmedes, a área encontra-se atualmente toda cercada, com vigilância em tempo integral, além de ter acesso facilitado por estrada asfaltada.
Fonte: Ascom/UFG
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