Espaço Saúde realiza exames e consultas na Ceasa
Professores e estudantes da UFG desenvolveram ações como parte da programação do 13º Conpeex
Texto: Camila Godoy
Fotos: Carlos Siqueira
Cerca de 15 mil pessoas circulam diariamente pelas Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO), de acordo com a administração do local. Localizado no Jardim Guanabara, em Goiânia, o espaço é o principal centro de distribuição de hortifrutigranjeiros e outros produtos alimentício do Estado. Quem passou por lá na manhã desta terça-feira (18/10), além de ver o habitual movimento de caminhões, vendedores e compradores, se deparou com os jalecos brancos de uma equipe de profissionais e estudantes da UFG que realizaram ações de prevenção de doenças, promoção da saúde e reabilitação. A atividade faz parte da programação do 13º Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex) da UFG, que ocorre nesta semana em toda a universidade.
As ações foram realizadas no Espaço Saúde montado na Ceasa por quase trinta estudantes dos cursos de Enfermagem e Medicina da UFG. Na ocasião, eles promoveram entre os presentes a vacinação contra febre amarela e tétano, realizaram teste rápido para detecção de hepatites B, C e D, HIV e sífilis, além de exames para verificação de pressão arterial e diabetes, análise de circunferência abdominal e de índice de massa corpórea. Os atendimentos incluíam também aconselhamento, encaminhamento para tratamentos e orientação sobre prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e transmissíveis, autoexame de mamas e genitália. A equipe fez uma parceria com a com a Secretaria Municipal de Saúde para repassar a cópia digitalizada de todos os cartões de vacinas cadastrados e diagnósticos realizados.
Grupo realizou diversas atividades de prevenção
O professor Marcos André Matos, coordenador da ação, explicou que a proposta do espaço era aproximar a Universidade da sociedade, estimulando a troca de conhecimentos e orientando a população sobre a necessidade de prevenção. “Essa é a terceira edição do Espaço Saúde no Conpeex. As outras foram no Terminal Rodoviário e no lixão da capital. Com essa experiência, percebemos que as pessoas não conhecem de fato a UFG e que elas não têm informações básicas de saúde. Pode até parecer óbvio para alguns, mas muitos não sabem como colocar um preservativo, nem que pode adquiri-los gratuitamente nos postos de saúde, ou que precisam controlar a pressão arterial. Esse trabalho é uma oportunidade de aplicar a ciência e levar nosso conhecimento para a sociedade”, defendeu.
Para o professor, um dos maiores problemas da saúde pública do Brasil é a cultura de só procurar unidades de saúde em casos emergenciais. “Nós sempre batemos na tecla de orientar as pessoas para a prevenção. O diagnóstico precoce e o tratamento rápido de doenças melhoram a qualidade de vida e as possibilidades de cura”, alertou. Segundo ele, na manhã desta terça-feira, além de detectar algumas doenças sexualmente transmissíveis, a equipe identificou doenças de pele e o predomínio do sobrepeso entre os pacientes. “A maioria das pessoas que atendemos lidam diretamente com frutas e verduras e podem ter uma alimentação mais equilibrada”, avaliou.
Professores e estudantes destacaram os benefícios do evento
Um espaço de aprendizagem
Para a professora Cleusa Alves Martins, que atuou no Espaço Saúde, além de levar informação à sociedade, a atividade contribui para a formação dos alunos. “Essa é realidade que nossos futuros profissionais vão enfrentar. O Espaço Saúde, mesmo não tendo toda a estrutura necessária, oferece aos estudantes a possibilidade de desenvolver um raciocínio crítico e de ter uma visão social da saúde. Acredito que a extensão deve ser fortalecida como um todo na UFG. Quem passa por ela sai diferente”, afirmou. O posicionamento da docente foi o mesmo do estudante do 4º período do curso de Enfermagem da UFG, Samuel Antoneli, que ajudou na coordenação do evento. “Muitos ficam só com a experiência do Hospital das Clínicas, mas é muito enriquecedor para nossa graduação vir até a população, conversar com os pacientes, ouvir suas histórias e ajudá-los”, disse.
A vendedora Jurami das Dores foi uma das que aproveitou o momento para colocar o cartão de vacinação em dia. “Nunca tenho tempo de ir ao posto de saúde. Quando ouvi que eles estavam aqui não perdi tempo”, contou. O gestor operacional Saulo Miranda também aproveitou a oportunidade: “Nem me lembro direito da última vez que vacinei, mas sei que depois dos 40 precisamos estar ainda mais atentos à saúde. Eventos como esse, em um local com tantas pessoas, são primordiais para a prevenção de doenças”.
O cartão de vacinação do gestor operacional Saulo Miranda foi atualizado durante a ação
Source: Ascom UFG
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