Desafios da divulgação científica são tema de conferência
Diretor do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi o convidado para abrir o 13º Conpeex
Texto: Angélica Queiroz
Fotos: Ana Fortunato
O tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, Ciência Alimentando a Vida, e a importância de se promover ações de divulgação científica no país foram os principais assuntos da conferência de abertura do 13º Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex). O diretor do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Douglas Falcão, foi o convidado para a atividade na manhã desta segunda-feira (17/10).
Douglas Falcão afirmou que o principal legado da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, criada por decreto em 2004, é a articulação entre as instituições que fazem ciência que continuam trabalhando juntas após o evento. Ele lembrou que os temas costumam ser orientados pelos anos internacionais da Unesco e que o tema desse ano foi pensado por se tratar do Ano Internacional das Leguminosas. “O ato de cozinhar pode ser um ato político. Se entendemos, compramos nosso alimento e fazemos nossa própria comida, o impacto pode ser enorme”. Como novidade em 2016, Douglas destacou a realização de um concurso para criação da logomarca, vencido por um estudante do Mato Grosso.

Para Douglas Falcão modelos de comunicação pública precisam ser ampliados para um melhor alcance da divulgação científica
O representante do MCTI destacou os principais motivos pelos quais a popularização da ciência é importante no país e falou sobre algumas das ações do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia, como o apoio a museus de ciência, olimpíadas, projetos de ciência móvel e divulgação científica em geral. Para Douglas Falcão, divulgar a ciência é, antes de tudo, uma ferramenta para a construção de uma percepção de mundo. Segundo ele a cidadania plena envolve conhecimentos, mesmo que mínimos, sobre ciência e tecnologia. “A ciência é também instrumento de inclusão, empoderamento social e participação cidadão no cotidianos coletivo”.
Douglas Falcão afirmou que é preciso estimular em nossos jovens o interesse pela ciência, seja para seguirem carreira na área ou para atuarem como divulgadores. “O conhecimento é o maior barato. Dá tesão, prazer. Precisamos compartilhar esse sentimento com a sociedade”, opinou, ao elencar a apreciação estética como um dos fatores para se divulgar ciência e tecnologia no país. Como desafios para a divulgação científica no país, o convidado ressaltou a ampliação dos modelos de comunicação pública. “Precisamos começar a pensar num modelo de diálogo horizontal reconhecendo o outro lado como também detentor do conhecimento”. Douglas Falcão também lembrou que é preciso focar no alcance de diferentes perfis, investindo na formação de professores e atraindo, por exemplo, o interesse de mais mulheres, crianças, população periférica e terceira idade para a ciência.
O convidado foi o entrevistado da última edição do Jornal UFG. Confira.
Fuente: Ascom/UFG
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