Forum Goiano 02.

Fórum aborda a importância dos cuidados com o lixo

Sur 28/09/16 11:21.

Professor da Escola de Engenharia e Coordenador da Incubadora Social abordaram temas como a valorização do lixo e a taxação da limpeza urbana 

Texto: Natália Moura

Fotos: Adriana Silva

 

O professor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA) da UFG, Eraldo Henriques Carvalho, ,ministrou palestra na última terça-feira, 27/09, durante o I Fórum Goiano sobre recicláveis: impactos e destinações. Com o tema Valoração do Lixo e Taxação da Limpeza Urbana, o pesquisador abordou os principais elementos para a implantação de ações que visam cuidar da maneira correta dos resíduos e rejeitos descartados de forma errada.

Para que isso ocorra é necessário que toda a sociedade - incluindo o governo, a população e as empresas - se integrem e se unam em prol dessa temática e pratiquem a chamada Responsabilidade Compartilhada. Segundo Eraldo Carvalho, o governo deve investir nessas ações, já que, “a rota da reciclagem não é autossustentável”, afirmou. As indústrias também não ficam fora, de acordo com ele, é importante que elas mudem seu modo de produção para uma maneira sustentável e assumam a responsabilidade por seu lixo.  Já a população deve ser instruída e cumprir o papel de consumidores sustentáveis.

Eraldo Cardoso

Professor Eraldo Carvalho realizou palestra magna do I Fórum Goiano sobre recicláveis

Em Goiás, a maioria das cidades não dispõe de recursos financeiros para tratamento de resíduos e rejeitos e acabam optando por uma alternativa péssima para o meio ambiente: os lixões. De acordo com o professor da EECA, a maior parte das cidades goianas não possuem Coleta Seletiva, Central de Triagem e Cooperativas de Catadores. Das 36 unidades de triagem do Estado, a maioria opera em locais improvisados e manda os resíduos para usinas de reciclagem em outros estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul.

Quanto a solução, o professor foi categórico: para resolver os problemas com lixo do Estado precisamos de investimento. “Se a gente quer as condições melhores ambientalmente, temos que pagar caro”, afirmou. Além disso, é necessário algumas ações para que haja resultados, são elas: uma legislação que responsabilize grandes geradoras comerciais pela gestão de seus próprios resíduos; incentivo fiscal para instalação de usinas de reciclagem em Goiás e a estruturação  de uma rede de cooperativas de catadores.

Incubadora Social da UFG

Após a fala do professor Eraldo, o coordenador da Incubadora Social da UFG, Fernando Bartholo apresentou brevemente o trabalho da iniciativa em Goiás. Com o trabalho voltado para iniciativas de cooperativas populares, a incubadora visa a assistência técnica e a formação em cidadania das cooperativas de catadores do estado. Através da oficina de prática de auto-gestão, é passado aos membros das cooperativas noções de relações humanas, inclusão digital, educação formal e ambiental, administração, direitos humanos e vários outros aspectos essenciais para a verdadeira cooperação.

Para saber mais sobre a Incubadora Social da UFG, acesse o site ou faça contato pelo número 3521-1638

 

Fernando Bartholo

Fernando Bartholo, coordenador da Incubadora Social da UFG 

Source: Ascom UFG

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