Palestra encerra atividades de congresso de etnomatemática
Professor Ubiratan D’Ambrosio, da Universidade de São Paulo, encerrou o evento que reuniu pesquisadores do todo o país
Texto: Caroline Pires
Fotos: Ana Fortunato
A UFG recebeu na manhã desta quarta-feira, (14/9) o professor Ubiratan D’Ambrosio para a cerimônia de encerramento do 5º Congresso Brasileiro de Etnomatemática, realizado nesta semana no Centro de Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, no Câmpus Samambaia. O evento reuniu pesquisadores e estudantes de todo o país para discutir não somente a relação ensino-aprendizagem em matemática, mas como a disciplina é concebida em seus diferentes contextos, culturas e articulações. O evento é realizado a cada 4 anos e contou com participantes de todo o Brasil.
Em sua fala, o professor Ubiratan D'Ambrosio destacou a evolução histórica da etnomatemática e apresentou as perspectivas da área. Ele ressaltou a necessidade de que pensar a área passa em se analisar questões globais, como o uso da água e a preservação do meio ambiente. "O programa da etnomatemática pode apontar novos caminhos a medida em que pensa o conhecimento em suas várias vertentes", afirmou.

Ubiratan D'Ambrosio encerrou com conferência as atividades do encontro
O professor Rogério Ferreira, da Universidade Federal do Sul da Bahia, explicou que a matemática usualmente é tida como universal. Segundo ele, essa visão é equivocada: "a matemática tem tudo a ver com questões culturais e se faz cada vez mais urgente tirar a academia do foco e trabalhar para estabelecer suas diversas relações", explanou. Durante os dias do evento os participantes puderam, entre outras palestras, ouvir professores indígenas e quilombolas, que compartilharam experiências, resultados e desafios da área.
Já a professora Janice Pereira, do Instituto de Matemática e Estatística da UFG, elogiou além das discussões dos grupos de pesquisa, a excelente qualidade os trabalhos apresentados. De acordo com ela, é gratificante perceber que na seleção dos trabalhos muito da produção acadêmica foi feita pelos próprios sujeitos que são pesquisados, demonstrando o quanto barreiras estão sendo rompidas.
Adílio Dias, professor de matemática no Rio de Janeiro, participou do evento com seu orientador, Luiz Cláudio Silva. "Voltarei para o Rio recompensado, revigorado e mais apaixonado ainda pela etnomatemática", destacou.

Participantes destacaram a maneira como o aprendizado no evento irá impactar no dia-a-dia na sala de aula
Fonte: Ascom/UFG
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