
Troca afirmativa movimenta Câmpus Samambaia
Evento da Caaf promove vivências interculturais na UFG
Texto: Júlia Pontes
Fotos: Adriana Silva
Ubuntu. A filosofia negra foi essência da 1ª Troca Afirmativa organizada pela Coordenadoria de Ações Afirmativas (Caaf), que foi realizada na tarde desta sexta-feira (15/7) no gramado da Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC) da UFG. De acordo com a ideologia, nós só somos quem somos porque nos reconhecemos no outro; o outro sempre acrescenta; o outro é sempre uma soma e não aquilo que segrega.
“É seguindo esse pensamento que as minorias se unem e se empoderam como comunidade”, explicou Yordanna Lara, membro da Caaf e uma das organizadoras do evento. Também faz parte da comissão organizadora, Marta Quintiliano, da União dos Estudantes Indígenas e Quilombolas (Uneiq). Segundo elas, o objetivo do evento foi justamente espalhar essa filosofia negra dentro do espaço da universidade para que as pessoas se reconheçam e se unam mais. “Minorias reunidas são maiorias”, afirma Yordanna.
Alunas da UFG preparam Arraiá
Fazendo jus ao Ubuntu, a 1ª Troca Afirmativa da Caaf uniu seu encontro com o Arraiá Feminista e o Arraiá EMACquiano, promovendo, assim, uma verdadeira troca de vivências negras, sentimentos e objetos. A partir das cinco da tarde, o evento contou com oficinas de instrumentos e ritmos, rodas de conversa sobre capoeira e, claro, muita quadrilha. Quem passou pelo local viu um céu cheio de cores, fitas e bandeirolas.
A Caaf pretende levar o evento para frente, fazendo uma edição a cada ano, de preferência nesse período. Além da discussão desta tarde, Yordanna acrescentou que a próxima luta da Caaf é a conquista das cotas para quilombolas na pós-graduação. “Os quilombolas são do mesmo contexto de fragilidade dos negros e dos indígenas”, disse. Para ela, é necessário que a diferença seja reconhecida.
Gramado da EMAC foi palco da 1ª Troca Afirmatica da Caaf e dos Arraiá Feminista e EMACquiano
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