Grupo Portos promove discussão sobre diversidade
Homofobia e exclusão no ambiente escolar foram alguns dos destaques da discussão
Texto: Júlia Pontes
Fotos: Adriana Silva
O caso de um menino que foi expulso da escola que frequentava por ser transgênero foi o pontapé para a palestra-debate que discutiu educação, diversidade e discriminação, na tarde desta quinta-feira (14/7), na Faculdade de Letras (FL) da UFG. A conversa foi proposta pelo Grupo Portos, grupo de pesquisa que tem como foco o trabalho pedagógico a partir de uma perspectiva crítica.
A mesa do debate foi composta pela estudante de Estudos Literários, Rafaela Lincoln, pelo professor de Língua Inglesa e mestre em Estudos Linguísticos, Mário Martins, pela professora de Linguística e Português da FL, Tânia Rezende, e pela servidora técnico-administrativa da UFG e militante feminista, Michely Coutinho. Os quatro palestrantes abordaram a questão da homofobia dentro da escola e o quanto essa realidade faz com que homossexuais e transgêneros acabem afastados do mundo escolar e acadêmico.
Estudantes, professores e técnico-administrativos compuseram a mesa que conduziu o debate
Mário Martins trouxe uma questão mais teórica da homofobia, destacando que o problema existe em todos os lugares e que o que muda é a sua forma operante. “A homofobia é, na verdade, um mecanismo de defesa para que fique assegurada a soberania e a naturalidade da heteronormatividade”, afirmou o professor ao final de sua fala.
A professora Tânia Rezende atentou para o fato de a escola ser um ambiente institucional e, às vezes, se apropriar dessa condição para excluir. Já Michely Coutinho apresentou o lado político da questão, alertando para o que ela chamou de “Estado de exceção”, que pouco atende as questões humanas e sociais. A militante ressaltou que falta muito ainda para avançar nessas causas e, por isso, é necessário que as pessoas se envolvam mais na vida política.
A palestra-debate contou com a presença do diretor da FL, Francisco Quaresma, que afirmou que a iniciativa de um debate como esse é de suma importância e que agrega muito, já que a Faculdade de Letras é um espaço bastante inclusivo. Formada em Letras na UFG e militante em movimentos de negros, mulheres e LGBT, Maria Emília, também estava presente e salientou o quanto é necessário esse tipo de debate, principalmente devido ao contexto em que estamos vivendo.
Comunidade acadêmica prestigiou o evento e participou da discussão
Source: Ascom UFG
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