Comunidade universitária debate discriminação
Foram apresentadas à Reitoria demandas e propostas que visam combater preconceitos e proporcionar igualdade e pluralidade
Texto: Denise Ribeiro
Fotos: Ana Paula Fortunato
Estudantes, docentes, técnico-administrativos e gestores da Universidade Federal de Goiás (UFG) se reuniram na tarde desta quarta-feira (8/9) no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, no Câmpus Samambaia. Durante o encontro, foram debatidos preconceito, assédios sexual e moral e todas as formas de discriminação ocorridas no âmbito da universidade. Segundo o reitor da UFG, Orlando Amaral, é importante ampliar a discussão em uma sociedade que é culturalmente preconceituosa, machista, homofóbica, transfóbica e discriminatória em diversas outras formas. “Queremos ouvir as demandas da comunidade para que universidade continue sendo um espaço da pluralidade e da convivência”, afirmou.
Entre as reivindicações apresentadas pelos estudantes estão: a criação de uma política capaz de tratar o tema na universidade; maior democratização das mídias institucionais; maior atenção a cursos culturalmente inferiorizados; possibilidade de acompanhamento de processos administrativos e de sindicância; bolsa permanência com recorte exclusivo de gênero e étnico-racial; campanhas educativas permanentes; verificação de ficha criminal para moradores das Casas dos Estudantes Universitários (CEUs); inclusão de disciplinas que tratem especificamente as questões de inclusão e pluralidade e demandas como revisão da iluminação em alguns pontos dos câmpus, mais CEUs e mais vagas nos restaurantes universitários.
Em carta aberta destinada à Reitoria, um grupo de alunas afirmou que repudia práticas de discriminação, reconhece que a UFG evoluiu com a adoção do nome social e das cotas étnico-raciais na pós-graduação e que o problema não é só da UFG e de toda a sociedade, mas que a universidade tem papel fundamental neste processo. A carta apresentou demandas como mais investimentos na Ouvidoria; agilidade e comprometimento com os prazos de sindicâncias e processos administrativos; intervenções físicas, como afixação de cartazes de combate ao assédio e discriminação; e formação orientada para paridade de gênero e diversidade sexual.
O reitor lembrou algumas ações desenvolvidas pela administração e informou que a Assessoria de Comunicação da UFG está elaborando campanha publicitária que será veiculada em todos os veículos de comunicação da universidade. Reforçou ainda que a gestão está aberta para receber sugestões e críticas e que a instituição possui dois canais para receber denúncias: Ouvidoria e a Coordenação de Ações Afirmativas (Caaf). “Criamos a Caaf nesta gestão e estamos reforçando a coordenação para fortalecer as ações”, assegurou. Uma nova reunião será realizada no dia 28 de junho para que a reitoria apresente respostas às demandas apresentadas.
Denúncias
Casos de discriminação podem ser denunciados à Ouvidoria da UFG através do e-mail ouvidoria.reitoria@ufg.br ou presencialmente no segundo andar do prédio da Reitoria. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (62) 3521-1149.
Comunidade universitária debateu preconceitos, assédios e discriminação
Fonte: Ascom UFG
Categorias: Reitoria Última Hora
