Roda de conversa mostra o que é que a África tem
Atividade faz parte da programação da Semana da África 2016, que ocorre até o próximo sábado
Texto e fotos: Adriana Silva
Foi realizada nesta terça-feira (1/6), no auditório do Núcleo de Pesquisa e Ensino de Ciências (Nupec) da Universidade Federal de Goiás (UFG), uma roda de conversa sobre o tema Áfricas ocultas: natureza e cultura. O evento faz parte da programação da oitava edição da Semana da África 2016, promovido por estudantes africanos que vivem em Goiás com apoio do Laboratório de Estudos de Gênero, Étnico-Raciais e Espacialidades do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (LaGENTE/Iesa).
Países como Angola, Benim, Cabo-Verde, Guiné Bissau e Moçambique, foram apresentados por alunos africanos, estudantes da UFG, que falaram um pouco da história, economia, gastronomia, língua oficial e dialetos, música, literatura, diversidade religiosa, artesanato, fauna e flora e emblemas de cada região, por meio de breves seminários.
O professor do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (Iesa), Vinicius Aguiar, um dos organizadores do evento, explicou a importância da atividade: “Existem muitas pessoas tanto no espaço acadêmico, quanto fora, que entendem a África como um país inteiro mas, no entanto, é um continente que tem um conjunto de estados e com uma diversidade imensa”.
E quanta diversidade! Apenas na República do Benim, além da língua oficial francesa, existem mais de 100 dialetos, situação compartilhada por outros países africanos. A Angola é formada por diversas etnias como os Kikongo, Kimbundu, Umbundu, Nganguela, entre outros, cada um com sua própria língua e formas de expressão
Foram citados nomes de importantes figuras africanas como os poetas e escritores cabo-verdianos Eugênio Tavares e Jorge Barbosa e o ícone da música Cesária Evóra, reconhecido internacional por seu trabalho. Também foram mostrados em um telão durante a atividade lugares paradisíacos, como florestas, cachoeiras e praias, a exuberante fauna e flora da região, além de pratos típicos, como a muamba, preparado com galinha, peixe ou carne juntamente com quiabo e óleo de dendê.
A publicitária Hagabe Carvalho, presente na atividade, afirmou que o continente chama muito a sua atenção. “As danças africanas me fascinam. Também algumas questões místicas, como a forma com que muitos lidam com a morte, que é celebrada com bebidas e comidas e não é vista como uma perda, mas uma viagem”, detalhou. Logo depois da exposição dos países, se iniciou a roda de conversa, e os alunos e profissionais brasileiros tiveram a oportunidade de tirar suas dúvidas sobre a África em um diálogo que contribui para a desmistificação que muitos ainda têm sobre o continente africano.
Estudantes africanos apresentaram seus países aos colegas brasileiros
Comunidade acadêmica teve a oportunidade de aprender mais sobre o continente africano
Programação
A Semana da África 2016 segue até o próximo sábado, 4 de junho. Estão previstas palestras, rodas de conversa, oficina de dança, oficina de trança e uma festa africana com comidas típicas. A programação completa pode ser conferida no site do evento.
Source: Ascom UFG
Categories: Semana da África Última hora
