Politicas para a Educação

Colóquio Nacional de Letras debate políticas públicas para educação

On 05/18/16 12:54 .

Evento apresenta trabalhos acadêmicos de alunos da Faculdade de Letras 

 

Texto: Renato Rodrigues

Fotos: Carlos Siqueira

 

Teve início nesta quarta-feira (18/5) o IV Colóquio Nacional de Letras e o XVII Colóquio de Pesquisa e Extensão da Faculdade de Letras (FL) da UFG. Estudantes e professores participaram da solenidade de abertura que ocorreu no Centro de Eventos Elias Freua Bufáiçal, no Câmpus Samambaia. Na programação do evento, que segue até a sexta-feira (20/5), estão previstas palestras, sessões de filmes, mesas redondas e lançamentos de livros.

O Colóquio Nacional de Letras teve sua primeira edição realizada no ano de 2000 em âmbito regional e, desde 2013, é realizado em âmbito nacional. O objetivo do evento é promover a divulgação e a discussão de trabalhos acadêmicos relevantes que foram desenvolvidos nos cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela Faculdade de Letras. O tema escolhido para nortear os debates do Colóquio nesta edição foi “As políticas públicas para a educação do Brasil de hoje”.

O diretor da FL, professor Francisco José Quaresma de Figueiredo, aponta que a escolha do tema proposto foi influenciada pelo contexto político e social vivenciado no País e pela importância das políticas para que o Brasil construa uma educação melhor. “A educação brasileira passa por um momento de crise e também sofre os efeitos da crise política nacional”, comentou. Ele elogiou a colaboração de todos os envolvidos na realização do evento, cujo planejamento foi iniciado há mais de um ano.

Colóquio de Letras

Abertura da IV Colóquio Nacional de Letras e o XVII Colóquio de Pesquisa e Extensão da Faculdade de Letras

A pró-reitora de Cultura e Extensão da UFG, professora Giselle Ottoni, que na solenidade de abertura representou o reitor Orlando Amaral, destacou a iniciativa do Colóquio em debater as políticas públicas para a educação e lembrou que o evento é mais uma ação de extensão promovida pela Universidade. “A formação acadêmica deve contemplar uma consciência cidadã e a extensão tem uma importância fundamental neste processo”, ressaltou. Giselle Ottoni afirmou ainda que a extensão universitária colabora para uma formação profissional de qualidade.

Professora Telma UEL

Professora da Universidade Estadual de Londrina realizou palestra na abertura do evento

Telma Gimenez, professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), palestrante convidada para a abertura do Colóquio, abordou o tema “Línguas estrangeiras em tempos de internacionalização do ensino superior” e explicou que em todo o País as universidades buscam estabelecer políticas de internacionalização, sendo que na maior parte delas há apoio de professores de línguas estrangeiras. “Está sendo criado no Brasil um mercado no ensino superior para a área de internacionalização”, pontuou.

Segundo a professora Telma Gimenez, existe uma tendência mundial de adotar a língua inglesa como idioma principal utilizado pelas universidades tanto para estudantes que deixam o Brasil para estudar em outros países, quanto nas situações de recepção dos alunos estrangeiros. “A internacionalização que poderia contemplar várias línguas está caminhando para a padronização do inglês como idioma global”, fato que, segundo ela  deverá refletir em todos os centros de ensino que formam professores de língua estrangeira.

A segunda palestra foi ministrada pelo professor José Carlos Libâneo, considerado um dos principais pensadores brasileiros na área de pesquisas sobre a formação de professores. Ele explanou sobre “Organismos Internacionais e Políticas Públicas para a Educação: o caso de Goiás”. Ele enfatizou as relações entre as desigualdades sociais e seus reflexos na educação brasileira. “No Brasil temos um ensino de qualidade oferecido aos ricos e um ensino ruim para os pobres”, ponderou.

Libâneo

José Carlos Libâneo acredita que as políticas públicas para a educação são pautadas por organizações internacionais

José Carlos Libâneo também afirmou em sua palestra que após a Segunda Guerra Mundial a maior parte dos países emergentes contraíram empréstimos com o Banco Mundial para conseguir reestruturar suas economias, fato que refletiu na elaboração das políticas públicas para a educação que passaram a sofrer influências internacionais. Para o professor, até mesmo a criação das matrizes curriculares e os métodos de ensino seguem critérios definidos por organizações internacionais. “As políticas públicas para a educação são em boa parte derivadas de recomendações internacionais”, acrescentou.

O pesquisador relatou que a educação praticada no Brasil tem o papel de aliviar a pobreza e garantir um mínimo de inclusão social das classes mais pobres. “Alguns critérios são descritos nas diretrizes do Banco Mundial que definem a educação como mecanismo capaz de permitir a inserção dos indivíduos na economia global e local”, finalizou. 

 

Para saber mais sobre a programação, acesse.

Source: Ascom UFG

Categories: Última hora Faculdade de Letras