Professor português apresenta experiências tecnológicas mundiais
Óscar Mealha participou do Simpósio Internacional de Inovação em Mídias Interativas, que vai até sexta-feira (6/5)
Texto: Luiz Felipe Fernandes
Fotos: Ana Paula Fortunato
Experiências mundiais de construção de territórios tecnológicos – as chamadas Cidades Inteligentes (Smart Cities) – e de dados abertos (Open Data) foram alguns dos temas em discussão na manhã desta quinta-feira (5/5), segundo dia do IV Simpósio Internacional de Inovação em Mídias Interativas (SIIMI). O tema foi abordado pelo professor Óscar Mealha, do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, em Portugal, na conferência “Mídias interativas e Open Data como ignição do engajamento do cidadão na gestão do território: Smart City Learning”.
A partir da conexão entre lugares, pessoas e tecnologia, o professor lançou o desafio: como informar e engajar o cidadão? Mealha remontou à Teoria das Necessidades de Maslow (Abraham Maslow, 1908-1970) para começar a delimitar possíveis alternativas. Ele explicou que, primeiro, é preciso perguntar às pessoas do que elas precisam – seus desejos, interesses e necessidades.
Também deve-se lançar mão do que o professor chamou de Narrativas de Interação. Uma conta de energia, por exemplo, poderia trazer informações para o consumidor que indicassem que aparelhos estão provocando maior gasto de eletricidade e que medidas deveriam ser tomadas para economizar. “A tecnologia deve permitir às pessoas aprender com ela”, ressaltou.
Como exemplos de iniciativas a partir de dados abertos, Mealha citou o Mappiness, um mapa produzido pela Escola de Economia de Londres que mede a felicidade a partir de experiências pessoais, e um aplicativo que contribui para organizar os trajetos do transporte urbano no trânsito caótico de Nairóbi, no Quênia. “Big Data não é apenas infraestrutura tecnológica instalada, mas pode contribuir para a vida de todos”, finalizou.

Para o professor Óscar Mealha, da Universidade de Aveiros, em Portugal, a tecnologia deve estar a serviço das pessoas
Canal Futura
Na sequência, a gerente da área de Mobilização e Articulação Comunitária do Canal Futura, Ana Paula Brandão, traçou um panorama da atuação da emissora e discutiu os desafios de trabalhar com as mídias digitais. Para ela, ainda que a televisão esteja vivendo uma crise, ela ainda é o principal veículo de comunicação do Brasil. “Sabemos que outras soluções precisam ser construídas para atender à demanda de pessoas que ainda assistem religiosamente à televisão”. Ana Paula também falou da construção de conteúdo do Canal Futura, feita por meio do diálogo com a população por meio de uma equipe de mobilização comunitária.
Já o coordenador de Transferência e Inovação Tecnológica da Universidade Federal de Goiás (UFG), Cândido Borges, falou das ações que a instituição desenvolve nesta área, a exemplo do Programa UFG Empreende, Olimpíada de Empreendedorismo, UFG Startup Lab e a construção do Centro Tecnológico. Encerrando os trabalhos desta quinta-feira, o reitor da Universidade de Caldas, na Colômbia, Felipe Londoño, proferiu conferência online sobre os trabalhos desenvolvidos pela instituição na área de Humanidades Digitais.
Source: Ascom UFG
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