Caminhada contra Aedes percorre unidades da Praça Universitária
Participantes utilizaram sacos de lixo para recolher objetos que podem servir como criadouro do mosquito Aedes aegypti
Texto: Renato Rodrigues
Fotos: Victor Martins
Como parte do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia, do governo federal, dezenas de pessoas reuniram-se na manhã de hoje, 04/04, para participar da 4ª Caminhada Ecológica contra o Aedes aegypti. O grupo percorreu várias unidades acadêmicas e órgãos da UFG localizados na região do câmpus Colemar Natal e Silva para dar continuidade às ações de combate ao mosquito vetor da dengue e conscientizar alunos, servidores e professores para a importância de evitar a dengue, a zika e a febre chikungunya.
As equipes saíram do estacionamento das faculdades de Enfermagem e de Nutrição, passando em seguida pelo Centro de Referência em Oftalmologia (CEROF), Hospital das Clínicas, Faculdades de Educação, Direito, Odontologia, Medicina, Engenharia, além do Museu Antropológico e da Casa do Estudante Universitário (CEU). Durante o trajeto os participantes usaram luvas e sacos plásticos para vistoriar áreas internas das unidades, estacionamento e até mesmo a laje e dependências de unidades que se encontram em obras.
Em todo o país, o governo federal determinou que as instituições federais de ensino promovam ações para reduzir o índice de infestação do Aedes aegypti para menos de 1%. As iniciativas também preveem medidas para tentar melhorar a assistência às gestantes, às crianças e a ampliação de pesquisas na área da saúde com foco na eliminação das doenças transmitidas pelo mosquito.
O Reitor da UFG, Orlando Amaral, destacou que os principais objetivos da caminhada são identificar e eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti e conscientizar a comunidade universitária em relação aos perigos das doenças transmitidas por ele. “É fundamental estarmos vigilantes tanto na universidade, quanto em nosso local de trabalho e em nossas casas”, disse.
A Pró-Reitora de Extensão e Cultura da UFG, professora Giselle Ottoni, ressaltou que a educação é a única forma de exterminar de vez a doença em todo o país. Ela explicou que em cada unidade acadêmica foram indicadas três pessoas, entre docentes, servidores e alunos para compor uma equipe que realizará vistorias semanais nas dependências da universidade. “A ideia é encontrar locais onde há água parada e assim prevenir a proliferação de focos da dengue”, disse.
Giselle apontou a iniciativa da caminhada como um importante fator de conscientização em toda a universidade. “Nós estamos também atuando em cada sala de aula, com ajuda dos professores, que estão discutindo a dengue com os alunos”, ressaltou.
Tecnologia
Uma nova ferramenta tecnológica que pretende ajudar na guerra contra a dengue já está em fase de testes pela UFG. Trata-se de aplicativo para dispositivos móveis disponibilizado para toda a comunidade universitária. A proposta do dispositivo criado pelo Grupo Interdisciplinar de Ações contra a Dengue (GIAD), com design do MediaLab, é permitir que o usuário possa mapear possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue e outras doenças e registrar no próprio celular o local exato onde foi encontrado o foco.
Com estas informações em mãos é possível repassar aos órgãos de controle de endemias os locais onde é necessário intervir para se eliminar os criadouros. O aplicativo foi usado durante toda a 4ª Caminhada Ecológica contra o Aedes aegypti. Todas as informações registradas nos celulares servirão de base para um mapeamento dos focos do mosquito em todas as unidades da UFG, incluindo as regionais de Catalão, Jataí e Cidade de Goiás.
Fonte: Asscom/UFG
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