ENGI 2015

Cenários da pesquisa brasileira na área de informação são debatidos

On 11/24/15 11:35 .

Professores da UFMG, UFPE e UFPR trocaram experiências sobre os trabalhos desenvolvidos em suas universidades

Texto: Angélica Queiroz

Fotos: Camila Caetano

Na manhã desta terça-feira (24/11),  os professores: Marcos Galindo Lima da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maurício Barcellos Almeida, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Patrícia Zeni Marchiori, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), trocaram, em mesa-redonda, conhecimentos e reflexões sobre a pesquisa na área da informação. Coordenada pela professora da UFG, Eliany Alvarenga de Araújo, a atividade foi parte da programação do Encontro Nacional de Gestão, Políticas e Tecnologias de Informação (ENGI 2015), promovido pela Faculdade de Informação e Comunicação (FIC). Os professores convidados apresentaram a forma como a informação é tratada em seus departamentos e discutiram diversas visões sobre a pesquisa e a inteligência coletiva na contemporaneidade.

engi

Professor da UFPE defendeu a inovação como resposta para as novas questões provocadas pela modernidade

Marcos Galindo fez uma retrospectiva sobre as mudanças geradas pela tecnologia na área e explicou o porquê de esse novo contexto não ter resultados tão rápidos como o esperado. “Ficamos um tempo sem entender o que estava acontecendo. Não aconteceu nada porque a maioria de nossos colegas foram formados no mundo analógico e não responderam a isso no primeiro momento. A gente só pode colher aquilo que planta”, opinou. Segundo ele, após a expansão gerada pelo Reuni, as universidades ainda estão experimentando novos modelos.

O professor da UFPE ressaltou a criação do curso de Gestão da Informação e de uma pós-graduação na área, na UFPE. Para ele a pesquisa, especialmente a iniciação científica, muda o perfil dos estudantes, dando a eles a autonomia necessária para inovar. “Nem todo mundo nasce com vocação para ser pesquisador, mas todos têm a inovação em seu DNA”, provocou. Segundo Marcos Galindo é preciso gerar ambientes onde as organizações se sintam obrigadas a criar coisas novas e é também essencial que as universidades abordem a teoria como algo que ilumine a prática, produzindo resultados palpáveis no dia-a-dia.

Maurício Almeida, que é engenheiro por formação, contribuiu com o debate apresentando sua visão e contando sobre a experiência no curso de Ciência da Informação, criado recentemente na UFMG. Ele lembrou que a quantidade de informação capturada e transmitida todos os dias é enorme e precisa ser organizada. Como tudo isso ainda é muito novo, Maurício Almeida acredita que faltam profissionais capacitados e o papel das universidades é fundamental para formar essas pessoas e também para esclarecer as instituições sobre a importância desse trabalho. “Que a ciência da informação não se alimente das sobras temáticas das outras áreas, mas construa seu próprio conhecimento”, proclamou.

Patrícia Marchiori apresentou vários conceitos para explicar a ciência da informação e as transformações que vem acontecendo na ciência. “A humanidade tem necessidade de explicar e todos os pesquisadores, cada um em sua área, estão mais ou menos como o coiote correndo atrás do papa-léguas”, comparou. O debate sobre este tema continua no período da tarde de hoje na Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), seguido de grupos de trabalho e o encerramento do evento.

engi

Estudantes ouviram experiências e reflexões propostas por pesquisadores convidados


Source: Ascom/UFG

Categories: Última hora Faculdade de Informação e Comunicação