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Mesa-redonda aborda atuais desafios no fomento à pesquisa

在 19/11/15 13:14 上。

Representantes de instituições de apoio à pesquisa no país estiveram à frente das discussões

Texto: Serena Veloso

Fotos: Camila Caetano

Estratégias de Fomento à Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação foi tema da mesa-redonda nesta quinta-feira (19/11), do segundo dia do Encontro Nacional de Pró-reitores de Pós-Graduação, que está sendo realizado Castro's Park Hotel. A UFG participa da organização do evento, promovido pelo Fórum de Pró-reitores de Pós-Graduação (Forprop). O crescimento da área e incentivo à pesquisa diante do atual cenário de ajustes fiscais esteve entre assuntos em pauta levados a discussão entre pró-reitores das diversas universidades em todo o país que participam do evento. O Pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Jeovan de Carvalho Figueiredo, coordenou a mesa, que teve a participação de representantes de órgãos de fomento à pesquisa no Brasil.

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Diretrizes para a continuidade dos investimentos em pesquisa, tecnologia e inovação diante da crise econômica do país foram discutidas durante a mesa-redonda

O diretor de Programas e Bolsas no País na Capes, Adalberto Grassi Carvalho, abriu as atividades da mesa e mencionou a significante evolução na execução orçamentária de 2004 a 2015 do órgão, com recursos destinados principalmente para custeio e manutenção de bolsas – crescimento da concessão de bolsas só para pós-doutorado foi de 2.147% nesse período – e do portal de periódicos, ferramenta utilizada para democratização do acesso ao conhecimento científico. Houve também o aumento no número de discentes matriculados nos programas de pós-graduação, mas só em 2014 os investimentos do órgão se aproximou à quantidade de matriculados. Entretanto, manter a evolução dos investimentos em função desse indicador é um dos desafios para o próximo ano, segundo o representante da Capes. “É necessário discutir uma estratégia de fomento para que ela acompanhe a curva de crescimento da matrícula”, alertou. Adalberto Grassi Carvalho afirmou que a decisão da Capes por enquanto é de manter os recursos destinados a bolsas, custeio e portal de periódicos. “A Capes está tentando trazer investimentos para a pós-graduação não só de seus recursos, mas a partir de parcerias”, finalizou.

Já o diretor da Área de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (ACIT) do Finep, André Cabral de Souza, fez uma avaliação das falhas quanto aos investimentos em ciência, tecnologia e inovação. De acordo com ele, algumas das situações enfrentadas pela área atualmente é a escolha das prioridades dos investimentos em fundos setoriais em função dos interesses dos governantes, a falta de valorização como área estratégica, falta de articulação da comunidade científica, por exemplo, no compartilhamento de equipamentos e laboratórios, falta de gestão dos projetos por parte das instituições, a insuficiência de divulgação dos resultados de pesquisas e a ineficiência de algumas instituições na utilização dos recursos recebidos. “A área de Ciência, Tecnologia e Inovação é considerada prioritária em todos os estudos, mas quando vemos o aporte de recursos nos deparamos com outra realidade. Na hora de cortarem recursos, é uma das primeiras áreas a ter seus valores reduzidos”, criticou.

Inovação e investimentos

Em relação especificamente à inovação, o coordenador do Programa de Capacitação Tecnológica e Competitividade (COCTC) do CNPq, Cimei Borges Teixeira, observou que os investimentos são ainda mais reduzidos, o que deixa o país na 70ª posição, em 2015, no ranking global de inovação, com queda de 30 colocações, se comparado a 2007. O representante do CNPq acredita que esse cenário se constrói no país justamente em função do vínculo maior dos pesquisadores com as universidades ao invés da iniciativa privada e maior parte dos investimentos serem oriundos do setor público, situação que se dá de forma contrária nos países que mais incentivam a inovação. Entretanto, para transformar essa realidade o CNPq tem investido em projetos para inserção de pesquisadores das universidades em empresas para desenvolvimento de projetos de inovação.

XXXI Enprop

Presidente da Confap destacou que atualmente 26 Fundações de Amparo à Pesquisa funcionam no Brasil, atuando por meio de parcerias para a construção da capacidade de pesquisa em universidades

Para o presidente da Confap, Sérgio Gargioni, que explicou como se dá a atuação das Fundações de Amparo à Pesquisa nos estados, é necessário fazer pressão para que os atores políticos se conscientizem da importância de investir em ciência e tecnologia no Brasil. Entretanto, para ele o convencimento parte da própria atuação dos envolvidos com o segmento da ciência. “Na medida que a comunidade científica se interessa e contribui para a resolução de algum problema social ela é reconhecida. Se não avançarmos, inovarmos e mostrarmos resultados não tem como pedirmos financiamento para os governantes”, defendeu.

Após as exposições, houve um debate com os pró-reitores presentes que puderam esclarecer dúvidas sobre cortes de verbas para programas voltados à pós-graduação, estratégias para lidar com o ajuste fiscal e sobre a participação nas discussões sobre os recursos para incentivo à pesquisa para 2016.


A programação do Enprop se estende até o dia 20 de novembro, com atividades no Castro's Park Hotel. Confira a programação.

资源: Ascom UFG

类别: Enprop Pesquisa e Pós-Graduação Fomento Destaque Última hora

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