Cola grau primeira turma da especialização em enfermagem obstétrica

Texto: Serena Veloso

Fotos: Adriana Silva

A primeira turma do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica - Rede Cegonha da UFG colou grau em cerimônia realizada nesta quinta-feira (29/10), no auditório do Hospital e Maternidade Dona Íris. Ao total, 13 enfermeiras, já atuantes em maternidades públicas ou conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), concluíram a pós-graduação, promovida pela Faculdade de Enfermagem da UFG, em parceria com a Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instituição que implementou o projeto a nível nacional e, em um convênio com o Ministério da Saúde,  no âmbito do Programa Rede Cegonha. Professores, profissionais e autoridades envolvidas com a realização do curso estiveram presentes durante a solenidade.

A UFG é a primeira entre as 18 instituições de ensino superior parceiras do projeto a formar uma turma. Para a estudante Vanessa de Moura Zanine, oradora dos concluintes, o sentimento por toda experiência adquirida é de missão cumprida. Em meio a agradecimentos aos professores e preceptores, que fizeram o acompanhamento profissional e contribuíram para que os estudantes aprimorassem a prática, a formanda lembrou a missão que irão carregar daqui para frente. “Nosso legado é investir em pessoas, em prestar uma assistência individualizada que valoriza a mulher como autora e protagonista de sua história e que faz da humanização mais que um lema profissional, mas um lema de vida”, enfatizou.

Representante do Ministério da Saúde destacou o potencial da iniciativa para melhorar a qualidade da assistência prestada à mulheres na maternidade

Emocionada e satisfeita por ter assumido a coordenação do curso, a professora Flaviana Vieira, que não pôde estar presente, registrou seus agradecimentos à turma em um vídeo exibido na cerimônia. Já coordenadora da área técnica da saúde da mulher no Ministério da Saúde, Maria Eliane Liégio Matão, aproveitou o momento para anunciar a abertura de 300 novas vagas, oferecidas pelas instituições que integram o projeto, para a realização de mais uma edição do curso em 2016, além da provável repetição da parceria com a UFG. “Essa parceria é extremamente importante para o Ministério da Saúde, pois é uma estratégia prioritária no âmbito da saúde da mulher a formação em enfermagem obstétrica”, pontuou.

Objetivos

De acordo com a vice-coordenadora da pós-graduação, Ana Karina Salge, a iniciativa vem contribuir para a implementação de um novo modelo de atenção à saúde da mulher e ao recém-nascido, com foco na melhoria da assistência ao parto e nascimento, na redução de cesarianas desnecessárias e no fortalecimento do trabalho em equipe, por meio do modelo colaborativo. Por se tratar de um trabalho de qualificação, a vice-diretora da Faculdade de Enfermagem, Ruth Minamisava, acredita que a Universidade tem cumprido seus objetivos principais com o curso. “Precisamos mudar o quadro da saúde pública no nosso país. Depositamos muita confiança e expectativa nesses profissionais que estão se formando para que possamos realmente contribuir para a saúde da população”, declarou durante a cerimônia.

Vice-diretora da Faculdade de Enfermagem atentou sobre a importância de se pensar novos modelos para atuação dos profissionais de saúde no SUS

Experiência

O Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI), gerido por convênio entre Secretaria Municipal de Saúde, Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) e UFG, também integra a proposta do curso e serviu como campo prático para os estudantes, que tiveram a orientação de 11 preceptores da maternidade, já especializados na área. Para o diretor geral do HMDI, Maurício Vigianno, a formação dos profissionais vai de encontro à tentativa de mudar a situação da violência obstétrica no Brasil.

Estudantes exibiram vídeo sobre a rotina e experiência em campo durante o curso

Formandas receberam diploma simbólico das mãos das preceptoras do curso