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Assembleia Universitária - Regional Catalão

Comunidade universitária de Catalão discute a situação da UFG

Em 29/09/15 13:24.

Assembleia Universitária reuniu pautas para melhoria da instituição

Texto e fotos: Serena Veloso

A Regional Catalão recebeu nesta segunda-feira (28/9), no auditório Prof. Paulo de Bastos Perillo, a última da série de Assembleias Universitárias realizadas com o objetivo de discutir a atual situação da Universidade diante dos ajustes orçamentários e greves de professores, técnico-administrativos e estudantes. Presidida pelo vice-reitor da UFG, Manoel Chaves, ao lado do diretor da Regional Catalão, Thiago Jabur, a assembleia contou ainda, na composição da mesa, com a presença do Pró-reitor de Graduação, Luiz Mello, da vice-presidente da Associação dos Docentes do Câmpus Avançado de Catalão (Adcac), Andreia Cristina Peixoto Ferreira, do representante do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-ifes GO), Thimóteo Pereira Cruz, e das representantes dos estudantes Alaide Basílio, do curso de Ciências Sociais, e Tatiane Afonso, da Educação Física.

“É importante debater a Universidade em seu status atual. Vamos buscar caminhos para que a universidade pública se fortaleça cada vez mais”, afirmou o vice-reitor Manoel Chaves ao início da reunião. Ele explicou, fazendo uma breve análise comparativa da UFG com outras instituições de ensino superior públicas, que a matriz de recursos distribuídos para as universidades públicas leva em conta diversas variáveis, como o número de ingressantes, de diplomados, de alunos na pós-graduação, de titulados, relação entre quantidade de alunos e professores e avaliação dos cursos. Assim, as universidades recebem mais recursos a partir do momento em que melhoram o desempenho nesses indicadores.

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Vice-reitor esclareceu comunidade universitária sobre a interferência dos ajustes orçamentários nas atividades da Universidade

Segundo Manoel Chaves, uma das dificuldades da instituição atualmente é o preenchimento de vagas nas licenciaturas e a evasão de alunos. Por outro lado, houve o crescimento do número de cursos e oferta de vagas de graduação e pós-graduação, após o processo de expansão. Em relação aos ajustes orçamentários, Manoel Chaves atentou que houve um corte de mais de 38 milhões de reais nos recursos de capital e custeio em 2015, o que acarretou um déficit para operacionalização das despesas, com o acúmulo ainda de dívidas de 2014. “Levamos para o Ministério da Educação a demanda do recurso necessário para funcionamento da UFG nesse ano”, adiantou sobre as soluções buscadas pela instituição.

Reivindicações

A vice-presidente do Adcac, Andreia Cristina Peixoto Ferreira, reconheceu a importância do espaço para o debate, mas indagou: “A expansão da UFG é inegável, mas que projeto de Universidade ela configura?”. A representante dos docentes apresentou as pautas dos comandos de greve das Regionais Catalão, Jataí e Cidade de Goiás, em que pedem esclarecimentos sobre alocação de vagas de servidores, funções gratificadas, melhores condições de trabalho e a publicização das informações sobre os cortes orçamentários.

Entre os estudantes, a principal reivindicação foi a melhoria das políticas de assistência estudantil. Para eles, é necessário haver o reajuste no valor das bolsas de alimentação e moradia, mudança no modelo de alocação das bolsas e a realização de obras básicas, como o Restaurante Universitário, ainda em construção, a Moradia Estudantil e o Centro de Convivência. Já o técnico-administrativo Thimóteo Pereira Cruz alertou sobre a insuficiência de servidores na Regional para atender a demanda da instituição.

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"A Universidade deve dar oportunidades para que os estudantes ingressem e permaneçam na instituição", declarou a estudante Alaide Basílio

Na sequência, o vice-reitor esclareceu as dúvidas da comunidade universitária. Um dos pontos contemplados por ele foi que haverá a discussão, pela primeira vez, na próxima reunião do Conselho Universitário, de um modelo de alocação de vagas de técnico-administrativos nas Regionais. Além disso, declarou que a demanda sobre novas vagas já foi levada para o MEC, ainda sem resposta. Sobre o corte de terceirizados, Manoel Chaves explicou que para garantir que a UFG honrasse seus compromissos diante dos ajustes no orçamento, foi necessário fazer alguns cortes. “Estamos fazendo estudos para unificar as contas e administrar gastos e despesas”, explicou. Ele também afirmou que a UFG tem sido transparente na disponibilização de informações sobre gastos da instituição e que a gestão está aberta a esclarecer dúvidas sobre o assunto.

“Queríamos estar em outro cenário de contratação, obras e estrutura. Todas as inadimplências são péssimas, mas foi criada uma escala de prioridades, em que a primeira é o pagamento de bolsas dos estudantes e remuneração dos terceirizados”, destacou o diretor da Regional Catalão, Thiago Jabur, ao comentar que, apesar de não ter ocorrido cortes no número de terceirizados da Regional, não há garantias que esses ajustes não poderão ocorrer.

Assistência estudantil

Em relação à utilização dos recursos de capital do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) na Regional Catalão, o vice-reitor salientou que o Restaurante Universitário foi escolhido pela comunidade como prioridade entre as obras básicas e que a gestão está trabalhando para que este venha funcionar adequadamente. Já quanto à realocação dos recursos de assistência estudantil, Manoel Chaves enfatizou que “a reitoria está absolutamente aberta para que o assunto seja colocado em debate e encaminhado para os fóruns deliberativos”.  Além disso, propôs a realização de seminários nas regionais para discutir temas como a inclusão social, assistência estudantil e a expansão da Universidade.

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Estudantes, professores e técnico-administrativos participaram de debate após exposição dos participantes da mesa

Para o pró-reitor de Graduação, Luiz Mello, a UFG está em condições desfavoráveis diante da crise instaurada no País e dos cortes de recursos para as universidades federais. No entanto, apontou algumas realizações efetivadas durante a atual gestão, como a aprovação das resoluções que institui o Sistema Integrado de Núcleos de Acessibilidade (SINAce),  que dispõe sobre cotas para estudantes pretos, pardos e indígenas na pós-graduação e que trata da utilização de nome social por estudantes travestis e transexuais em documentos internos da UFG. E destacou: “Apesar de estarmos em posições circunstancialmente diferentes, uns na gestão, outros no exercício da docência, outros como estudantes e outros como técnicos, estamos do mesmo lado, em busca de uma UFG aberta a todos e comprometida com a formação acadêmica de qualidade”.

Fonte: Ascom UFG

Categorias: Última hora Assembleia Universitária Regional Catalão

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