Gilberto Mendonça Teles é destaque em Seminário na UFG

Texto: Angélica Queiroz
Fotos: Camila Caetano

“As palavras engendram suas próprias aventuras no espaço. Sendo neutras, circulam como sombras devolutas surpresas nos seus altos ministérios”. O poema “As Palavras”, ao qual pertence esse trecho, foi um dos declamados e comentados por seu autor Gilberto Mendonça Teles, durante a abertura do XV Seminário Nacional de Pesquisa em Música da UFG (Sempem), que teve início hoje (28/9) e segue até o próximo dia 30, na Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) da UFG.

Com a temática do seminário centrada na criação artística e sua presença no universo acadêmico, especialmente através dos Programas de Pós-Graduação em Música, a conferência de abertura tratou da subjetividade da criação artística. Em apresentação descontraída, Gilberto Mendonça Teles divertiu o público contando um pouco sobre suas paixões pela música e pela literatura e também pelo seu amor por Goiás, estado onde nasceu. “Sinto-me muito honrado de poder falar para vocês aqui, especialmente por conta do meu interesse pela música”, afirmou.

O poeta, que tem cerca de 40 de seus poemas musicados, falou sobre sua experiência como crítico literário e provocou reflexões ao compartilhar vários de seus pensamentos, como: “para mim o poeta ensina o crítico e o crítico ensina o poeta”; “a poesia, como toda literatura, não reflete o real, pois é o real desse reflexo”; “se a obra tem um sentido não se encontra nela”; “pesquisar uma obra significa procurar o sentido de sua subjetividade”.

A participação do autor, que também é um dos convidados para uma mesa-redonda sobre criação artística e pesquisa acadêmica, que será realizada amanhã (29/9), é um dos destaques da programação do seminário, que conta também com minicursos, comunicações orais e concertos de nível internacional, realizados no teatro da Emac e no Centro Cultural UFG, com entrada franca. Confira detalhes aqui.

Crítico e poeta goiano falou sobre sua carreira e a subjetividade da criação artística