
Inclusão e permanência nas universidades são discutidos em mesa-redonda
Pró-reitores de diferentes universidades debateram sobre os programas de permanência de suas instituições
Texto: Italo Wolff
Fotos: Adriana Silva
Programas e estratégias utilizados pelas universidades do Centro-Oeste para garantir a permanência de grupos vulneráveis nas instituições de ensino foram tema da mesa-redonda Inclusão e Permanência. O debate, que fez parte da programação do Encontro Regional do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace), ocorreu nesta terça (22/9), no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, Câmpus Samambaia, e reuniu representantes de diversas universidades.
Na ocasião, pró-reitores da Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Federal de Mato Grosso Sul (UFMS) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) apresentaram como cada instituição utiliza a verba do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e os fundos das próprias universidades para o desenvolvimento de programas de inclusão e permanência.
Após a apresentação de estatísticas com o desempenho destes programas, houve consenso de que o número de alunos beneficiados tem aumentado. Em geral, os pró-reitores destacaram que as universidades contam com auxílio permanência para estudantes de baixa renda, casas do estudante universitário (CEU) para alunos vindos de outras regiões, auxílio transporte, restaurante universitários total ou parcialmente custeado pelas universidades, planos de esporte e lazer e auxílio odontológico, entre outros. Eles informaram ainda que, embora o número de contrapartidas exigidas esteja diminuindo, geralmente é exigido o bom desempenho acadêmico dos estudantes amparados.
Pró-reitores apresentam os métodos e resultados dos programas de suas respectivas universidades.
O pró-reitor de Assuntos da Comunidade Universitária (Procom) da UFG, Elson Ferreira de Morais, chamou atenção para as lacunas e problemas burocráticos no suporte a alunos em condição vulnerável. “A sociedade mudou e a universidade precisa mudar com ela. Eu já recebi estudantes de classe A ou B que haviam sido expulsos de casa pelo fato dos pais não aceitarem sua sexualidade. Nós não podemos fornecer moradia ou auxílio permanência a esses alunos, por serem de Goiânia e possuírem renda familiar elevada. Isso podia não acontecer no passado, mas agora acontece” afirmou.
Durante o debate, os pró-reitores trocaram orientações e informações sobre a execução dos programas de suas universidades. Questionados pela plateia à respeito da gestão das casas dos estudantes, pró-reitores informaram que em todos os casos a gestão era compartilhada entre universidade e estudantes.
Fonte: Ascom UFG
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