Direitos da criança são discutidos em seminário na UFG
Debate teve como objetivo buscar novas formas de inserir a participação infantil na educação
Texto: Anna Carolina Mendes
Fotos: Camila Caetano
Com a participação de profissionais da educação de diversas cidades do Estado e região metropolitana de Goiânia, a abertura do IX Seminário do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Infância e sua Educação em Diferentes Contextos (Nepiec) contou com a presença de autoridades em educação da universidade e da educação básica. O evento, que teve início nesta quinta-feira (13/8) e vai até o próximo sábado (15/8), na Faculdade de Direito da UFG, também marca o VII Encontro do Curso de Especialização em Educação Infantil.
A convidada especial para a primeira palestra do evento foi a professora Natália Fernandes, da Universidade do Minho, de Portugal, que falou sobre “Direitos da criança: princípios e desafios”. Fernandes apontou reflexões sobre os direitos da criança e a forma como eles refletem na educação infantil. A convidada revelou que a visão corrente da criança como recipiente passivo do adulto denota um atraso na educação, visto que as crianças são “atores sociais e participantes na construção de suas vidas”. Em seu discurso, a professora explicou as perspectivas que começaram a moldar a educação infantil a partir do final dos anos 80, como a psicologia do desenvolvimento, que vislumbrava a criança como vulnerável, visão já superada.
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Educação infantil é um dos assuntos principais do IX Seminário do Nepiec
Novas perspectivas
Para Natália Fernandes é importante valorizar a criança como sujeito ativo, capaz de ajudar nas mudanças a serem realizadas nas formas de educar. Neste contexto, ela ressalta que torna-se imprescindível uma abordagem interdisciplinar na educação, para que as diversas áreas do conhecimento possam convergir para uma melhora no ensino. “As crianças têm modos diferentes dos adultos de se comunicar, mas nem por isso são menos pertinentes”, defendeu a professora.
Fernandes chamou a atenção para um questionamento: “Será que os métodos pedagógicos que temos são os mais adequados para as especificidades das crianças?”. Segundo a professora, a nova perspectiva sobre o papel das crianças na educação, como sujeitos ativos, levanta a ideia de que é preciso perceber o espaço dela, sua voz, em um ambiente escolar que precisa ser uma arena democrática, de encontros e de trocas, e não de um serviço prestado às crianças.
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Estudantes, profissionais e interessados no assunto lotaram o auditório da Faculdade de Direito para a abertura do evento
Fuente: Ascom UFG
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