Condições dos hospitais universitários são foco de debate
Mesa-redonda reuniu professores, gestores e estudantes para discutir problemas e propostas de melhorias
Texto: Wanessa Olímpio
Foto: Adriana Silva
Dentro da programação do 11º Congresso de Saúde Coletiva (Abrascão), a UFG recebeu nesta quarta-feira (29/7) a mesa-redonda Hospitais Universitários de Ensino: Crise e Inserção no SUS. Professores universitários e gestores do sistema público debateram problemas encontrados nas instituições e também apresentaram propostas de melhorias.
Inserção de rede entre os Hospitais pode agilizar atendimento
Um dos pontos abordados durante a mesa-redonda foi a interdisciplinariedade que pode ser uma saída para melhorar o atendimento aos pacientes. A proposta se baseia em envolver os diversos profissionais de saúde a se juntarem para tentar humanizar a estadia das pessoas no leito hospitalar e abrir o diálogo entre os trabalhadores com os enfermos, defendeu o professor Luiz Cecílio da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. A inserção de redes entre as diferentes instituições do SUS para otimizar o atendimento também foi proposto. Os contatos entre as instituições podem agilizar o trabalho e evitar que os pacientes perambulem por várias unidades a procura de atendimento propôs Francisco Eugênio Souza do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Profissionais e estudantes esperam melhores condições no sistema público de ensino em saúde
Dificuldades encontradas no Sistema Único de Saúde (SUS) se estendem aos hospitais-escola, dentre elas a falta de recursos. O enfermeiro Rafael Gonçalves, que estava assistindo a mesa-redonda, possui pesquisas relacionadas à gestão de hospitais universitários. O profissional da saúde que a importância do evento está em mobilizar pesquisadores do país inteiro. “Espero que o Congresso renda frutos para mudar as políticas, pois a gestão de saúde está precisando de muita atenção”, acrescentou.
Inovação e Tecnologia
A incorporação de tecnologias nos hospitais universitários foi apontada pelo professor Antônio Luiz Ribeiro, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Segundo ele, as entidades particulares não investem tanto em pesquisas, mas as públicas sim. Mas apontou que não existe inovação em saúde sem a avaliação econômica e da eficácia de determinados procedimentos ou aparelhos que podem ser onerosos para o estado.
"Deve-se ir além dos projetos de implementação, do físico e tecnológico, não se deve esquecer do lado humano. O desafio da inovação e tecnologia na saúde é sair do parecer e virar uma medida mais integradora. Avalio os aspectos clínicos e econômicos, mas considero também os requisitos do uso da tecnologia, como ele impacta a população, os pacientes, os aspectos sociais, éticos e psicológicos”, afirmou Ribeiro.
Source: Ascom UFG
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