Trabalhadores da socieducação em destaque
Professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia palestrou sobre os desafios do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
Texto: Lorena de Sousa
Fotos: Adriana Silva
O I Encontro Socioeducativo do Estado de Goiás encerrou sua programação com uma palestra sobre Teoria e prática: os dilemas da socioeducação, ministrada pelo professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Reginaldo de Souza Silva. A programação do evento, que é uma realização da UFG por meio do Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão do Adolescente (Cepea), também trouxe apresentação de relatos e experiências de trabalhadores do sistema socioeducativo. O evento ocorreu na última sexta-feira, 19/06, na Faculdade de Direito.
O último palestrante do encontro, Reginaldo de Souza Silva, trouxe para a discussão o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), instituído por lei federal. Ele apresentou um marco situacional do sistema, os desafios encontrados para sua implementação, o que já mudou e o que pode ser feito nesse sentido. Para o professor, o Sinase deveria ser uma política articulada, mas isso não tem ocorrido atualmente.
Segundo Reginaldo de Souza Silva, hoje os estados brasileiros se encontram em patamares diferentes no que se refere à socieducação. Porém, no panorama geral, a situação das unidades e as condições de trabalho são ruins. Para o professor, é preciso que a criança e o adolescente estejam em primeiro lugar, mas é preciso pensar nos trabalhadores. “Se não cuidarmos do cuidador, nenhum proposta pedagógica dará certo“, finalizou.
Reginaldo de Souza Silva defendeu que profissionais da área precisam ser valorizados para que propostas pedagógicas sejam colocadas em prática
Relatos
Entre os depoimentos apresentados de trabalhadores do sistema socioeducativo, as funcionárias da Secretaria Municipal de Educação, Lucinete de Oliveira e Nilda Trindade, falaram sobre o trabalho que vêm realizando com crianças e adolescentes em situação de violência. “Esses adolescentes que hoje se encontram em medida de privação de liberdade ou em meio aberto tiveram seus direitos violados na família, na escola e na sociedade como um todo”, afirmou Lucinete Oliveira. Para ela, quando o adolescente não tem seus direitos à educação, saúde, lazer e cultura garantidos, ele procura atividades inadequadas para preencher o espaço vazio.
Público conhece trabalhos realizados com crianças e adolescentes em situação de violência
Fonte: Ascom UFG
Categorias: Última hora destaque socioeducação redução da maioridade penal
