Kalungas são tema de II Encontro de pesquisadores no Iesa
Promovido pelo Laboter, evento acontece nos dias 14 e 15 de maio
Texto: Angélica Queiroz
Teve início na manhã desta quinta-feira, 14/05, no Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa) da UFG, o II Encontro de pesquisadores de Quilombolas Kalunga, com o tema Políticas sociais e pesquisa no Território Kalunga: Redes de contatos e saberes. A palestra de abertura, ministrada pela professora e pesquisadora Cicilian Luiza Löwen Sahr, tratou dos desafios dos pesquisadores que trabalham com essas comunidades.
A diretora do Iesa, Celene Cunha, destacou que o evento, promovido pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas das Dinâmicas Territoriais (Laboter), sob a coordenação da professora do Instituto, Maria Geralda de Almeida, tem grande relevância para a Universidade e coroa os esforços do Laboratório de canalizar e produzir pesquisa engajada e comprometida com a comunidade Kalunga. Celene Cunha fez questão de destacar o pioneirismo de Maria Geralda ao trazer essa temática para a UFG.
Representante do Programa de Pós-graduação em Direito Agrário, a professora da Faculdade de Direito (FD), Maria Cristina Vidotte, também ressaltou o papel da professora Maria Geralda como a grande mobilizadora da Universidade para o desenvolvimento de trabalhos com as comunidades Kalunga. Maria Cristina fez ainda um agradecimento especial aos Kalunga por receberem e acolherem os pesquisadores, possibilitando troca de experiências e saberes. “Desejamos muito que todo esse trabalho que a gente tem feito traga benefícios a eles”.
Dezenas de professores, pesquisadores e alunos prestigiaram o evento
Políticas públicas
Pró-reitora de Pesquisa e Inovação da UFG, Maria Clorinda Soares Fioravanti, foi convidada para a mesa e para mediar a palestra de abertura do event. A pró-reitora, que também trabalha com as comunidades Kalunga, ressaltou que a UFG tem avançado muito em pesquisa e extensão nessa área, mas lamentou a falta de políticas públicas específicas para essas comunidades. “Muitos dos resultados dos nossos trabalhos não estão virando políticas públicas. Nossas pernas são curtas para o tanto de coisas que a gente gostaria de fazer. Por isso esse tema é tão pertinente nesse encontro”, afirmou.
A palestrante Cicilian Löwen, falou de sua vivência com uma comunidade quilombola no Paraná, onde iniciou suas pesquisas sobre o assunto. Em sua apresentação, intitulada, Construindo Pontes Entre Vivências Quilombolas, Políticas Públicas e Concepções Científicas, ela fez diversas provocações aos presentes, sobre como se portar no contato com as comunidades. “Não é a política pública que deve subsidiar nossas reflexões, são as nossas reflexões que devem subsidiar as políticas públicas. Precisamos ir além dessas políticas e fazer ciência,” pontuou.
O evento acontece até amanhã, 15/05, no Iesa e é uma oportunidade para divulgação de estudos na área, com a apresentação de cerca de 30 trabalhos envolvendo comunidades quilombolas.
Pró-reitora de Pesquisa e Inovação da UFG mediou a palestra da pesquisadora Cicilian Löwen
Fonte: Ascom UFG
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