Desafios do setor são destaque em abertura da Agro Centro-Oeste

O grupo de fiandeiras Flor de Algodão, de Hidrolândia, deu início na tarde desta quarta-feira, 13/05, à cerimônia oficial de abertura da 13ª edição da Agro Centro-Oeste Familiar, no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, Câmpus Samambaia. Em seguida, mesa e tribuna de honra reuniram autoridades parceiras do evento para falarem sobre os desafios da agricultura familiar no país. Entre os presentes, o reitor da UFG, Orlando Amaral e o representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Lucas Ramalho.

O professor da Escola de Agronomia da UFG e organizador do evento, Gabriel Medina, foi quem deu as boas-vindas e agradeceu às 25 instituições parceiras que tornaram a realização da Feira possível. Medina destacou as atrações do evento, que conta com 38 expositores familiares e espera receber 20 caravanas de agricultores por dia, até o seu encerramento, que será no sábado, 16/05.

O reitor da UFG, Orlando Amaral, destacou a importância da agricultura familiar no país, responsável por 70% da produção de alimentos. Segundo ele, a Agro Centro-Oeste é uma oportunidade para a Universidade estreitar vínculos com esse segmento e consequentemente, com toda a sociedade. “A convivência com os agricultores e com os parceiros nos permite aprender e alimentar nossos programas de pesquisa e extensão,” afirmou. Em nome do MDA, Lucas Ramalho destacou a importância da presença e participação de todas as instituições públicas de ensino do estado no evento.

Grupo de fiandeiras Flor de Algodão, deu início à abertura oficial da feira

Diversas autoridades participaram da mesa de abertura do evento

Oportunidade para agricultores familiares mostrarem seus produtos

O coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Goiás, Antônio Pereira Chagas, afirmou que a agricultura familiar é a saída para mudar o modelo de produção brasileiro. "Mas, precisamos que as políticas públicas cheguem a todos", observou. Já a representante das cooperativas, Maria Pereira dos Santos, destacou a necessidade de mais união na categoria: “Vamos trabalhar juntos para conseguir conquistas cada vez maiores”. Em consonância com essa posição, o coordenador nacional do  Movimento Sem Terra (MST) em Goiânia, Valdivino de Almeida Gomes, ressaltou a necessidade de mais unidade aos movimentos do campo. Para ele, a Feira é um espaço onde os trabalhadores do campo conseguem mostrar sua força de produção.

Atrações

Mel, polvilho, artesanato, frango caipira, queijo, frutas, verduras, tapetes e muito mais. Quem visitar a feira poderá conhecer os estandes e adquirir esses e mais uma variedade de produtos provenientes da agricultura familiar, além de conferir seminários temáticos, apresentação de tecnologias adequadas ao segmento da agricultura familiar, dias de campo, mesas-redondas, Fazendinha, Ônibus-cinema, mutirão de documentação, campanha de vacinação, oficinas, cozinha experimental, praça de alimentação e Mostra Cultural.

A feira recebe expositores membros de cooperativas e de assentamentos de reforma agrária de todo o Estado e também do Distrito Federal, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins.

Agricultores familiares comercializam produtos em estandes no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal

Baile na Roça

O Baile na Roça fechou a programação do primeiro dia de feira. O som da viola de Victor Batista, acompanhada por violão, sanfona e percussão, animou o público no Centro de Eventos e botou todo mundo para dançar com ritmos caipiras. Teve ainda torresmo, mandioca e degustação de cachaça. Enquanto aproveitavam as delícias típicas da roça, os agricultores Benvino José e Valdivino Araújo conversaram com a equipe da Ascom. Eles vieram da cidade de Mineiros para participar da feira e afirmaram estar surpresos com a organização. "Tudo muito bom. Vou participar todos os dias. Vim pela primeira vez esse ano e agora não vou falhar em nenhuma edição", afirmou Valdivino.

Violeiro Victor Batista animou o Baile na Roça

Animados pelo cantor, agricultores e realizadores se divertiram em roda de dança