Reitor se reúne com moradores das casas de estudantes

Texto: Camila Godoy

Fotos: Caroline Almeida

O reitor da UFG, Orlando Amaral, o pró-reitor de Assuntos da Comunidade Universitária, Elson Ferreira de Morais, e o diretor do Centro de Gestão do Espaço Físico (Cegef) da UFG, Marco Antônio de Oliveira, se reuniram com os coordenadores das casas de estudantes da Regional Goiânia, nesta quarta-feira, 29/04, no Centro de Eventos e Cultura Professor Ricardo Freua Bufaiçal, Câmpus Samambaia. O encontro foi uma oportunidade da equipe gestora da Universidade dialogar com os moradores e apresentar as ações e providências que estão sendo tomadas para atender às reivindicações dos estudantes, além de ser um espaço para ouvir o posicionamento e as sugestões dos moradores.

Durante a reunião, Orlando Amaral anunciou a compra de equipamentos para as casas de estudantes, como máquinas de lavar, micro-ondas, bebedouros, entre outros, que serão instalados até a próxima semana. Além disso, há a proposta de que a Universidade tenha um estoque mínimo de materiais, como lâmpadas e chuveiros, exclusivamente para as casas de estudantes. O reitor também anunciou o aumento do valor da bolsa alimentação e as possibilidades de aumentar a oferta do número de bolsas permanência.

De acordo com Orlando Amaral as duas modalidades de bolsa alimentação, hoje existentes na Regional Goiânia, passarão de R$ 200,00 para R$ 247,00 e de R$ 350,00 para R$ 432,00, respectivamente. O reitor explicou que, como os recursos financeiros para esse auxílio e para a bolsa permanência são oriundos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), é necessário aguardar a publicação do decreto de execução financeira pela  presidência da república, para que a UFG consiga planejar concretamente e efetivar o aumento do número de bolsas permanência. Mas, garantiu: “Na pior das hipóteses de possíveis contingenciamentos no orçamento, faço o compromisso de que pelo menos metade dos moradores das casas estudantis da Regional Goiânia receberão o auxílio permanência” afirmou o reitor. “Assumo ainda o compromisso de que o quantitativo de bolsas permanência na Regional Goiânia (711 bolsas) aumentará um percentual de 30 a 100%, a ser fixado após a publicação do decreto de execução financeira”, completou Orlando Amaral.

Comunicação

Para melhorar a transparência e a comunicação entre os moradores das casas de estudantes e a administração da Universidade, todos os meses serão divulgados os gastos da UFG com auxílio estudantil no sítio da Pró-reitoria de Administração e Finanças (Proad). Além disso, um representante da Pró-reitoria de Assuntos da Comunidade Universitária (Procom) e um do Cegef foram designados a acompanharem as rotinas das casas. Eles manterão um canal de comunicação aberto com os estudantes e poderão ser acionados sempre que surgir algum problema nas moradias. A medida garantirá mais agilidade para o reparo de eventuais danos nas casas. Além disso, ficou acordado que semestralmente haverá uma reunião da equipe gestora da UFG e os moradores das casas de estudantes. “Nós priorizamos o diálogo. Durante boa parte da minha formação como estudante de graduação da Universidade de Brasília eu vivi em casa de estudante e sou solidário a vocês. Nós queremos ouvi-los”, disse Orlando Amaral.

A Reitoria designou representantes do Cegef e da Procom acompanharem as rotinas das casas e manterem aberto um canal de comunicação permanente com os estudantes

Infraestrutura

Marco Antônio de Oliveira, diretor do Cegef, explicou que será realizado um estudo para ver as possibilidades de construir novas moradias estudantis. “Por enquanto, estamos reunindo com representantes de cada uma das cinco casas da Regional Goiânia, para que possamos fazer um apanhado dos problemas e particularidades das moradias hoje existentes em Goiânia. Estamos resolvendo alguns impasses em caráter emergencial e planejando reformas e aumento das vagas para moradia estudantil”, disse.

Moradores

Os coordenadores das casas estudantis aproveitaram o encontro para discutir diversos pontos. Assuntos como segurança, limpeza e infraestrutura foram os principais temas. Eles reforçaram que as casas de estudantes não podem ser tratadas como os outros prédios da UFG, que têm horário específico de funcionamento. Para eles, as diversas especificidades das casas vão desde a qualidade das refeições oferecidas nos restaurantes universitários, passando pelo o tratamento interpessoal das assistentes sociais, até o espaço comunitário para estudo e preparo de refeições nas moradias. Assim, para os estudantes, todos esses quesitos precisam ser levados em consideração quando se quer proporcionar qualidade de vida aos moradores.

Um aumento da participação dos estudantes na comissão responsável em fiscalizar os restaurantes universitários foi bastante discutido. Ficou acordado que os moradores se mobilizarão para ajudar no controle da qualidade dos serviços prestados pelos restaurantes. Rodrigo Shayath, coordenador da Casa de Estudante 1 (CEU 1), acredita que com o encontro será possível avançar nessa  discussão. “Estávamos precisando ser ouvidos. Agora, vamos encaminhar para os moradores das casas o que se passou nessa reunião, para que possamos nos posicionar perante o que não foi atendido e amadurecer as decisões tomadas nessa tarde”, destacou.