Perro Loco retoma as atividades em sua 5ª edição

Texto: Serena Veloso

Fotos: Carlos Siqueira

O Centro Cultural UFG reuniu ontem, 24/03, cinéfilos de todas as partes parar acompanhar a abertura da 5ª edição do Festival de Cinema Universitário Latino-americano, o Perro Loco. Colaboradores e parceiros que contribuíram na retomada da iniciativa estiveram presentes na cerimônia, momento em que foi relembrada a trajetória e importância do festival para o fomento da produção cinematográfica em toda a América Latina.

Presente na ocasião, a Pró-reitora de Extensão e Cultura da UFG, Giselle Ottoni parabenizou os antigos estudantes da UFG que conceberam e colocaram em prática a ideia do festival como projeto de extensão da universidade. Além disso, destacou a qualidade do evento é marcada por sua capacidade de extrapolar os muros da universidade e se articular com outros segmentos para sua continuidade.

"O evento já se solidificou, está amadurecido", comentou a Pró-reitora de Extensão e Cultura, Gisele Ottoni

Homenageado nesta edição pela colaboração como uma das peças-chave para a existência do festival, o servidor técnico-administrativo da UFG, Wilmar Ferraz, relembrou que a universidade é um espaço de oportunidades e que por meio dessa abertura conseguiu produzir o longa-metragem Tropas e Boiadas.“É sempre bom ver que boas ideias estão sendo retomadas na UFG”, destacou Ferraz. Já para o coordenador do projeto de extensão, Juarez Maia, foi um orgulho ter recebido o convite para estar à frente das ações de extensão e poder participar do processo de restabelecimento do festival, que teve suas atividades interrompidas em 2010. “Este projeto é um dos mais bonitos que temos na universidade pois envolve mobilização, inclusão social e inserção cultural”, destacou o professor.

Os elogios foram muitos ao longo da noite. O superintendente executivo de cultura, Aguinaldo Coelho, representando no ato o governador Marconi Perillo, não pôde deixar de observar que o evento promove no estado de Goiás a circulação de uma diversidade de produções realizadas na América Latina e a aproximação entre universidade e sociedade. Muito além disso, Jusceni Rezende, ex-estudante da UFG e uma das organizadoras do Perro Loco, acredita que este é o momento para reflexão sobre a produção universitária.

Wilmar Ferraz, homenageado da noite, destacou o papel da universidade no favorecimento à realização de projetos por parte dos estudantes

Também participaram da abertura, a pró-reitora adjunta da Proec, Flávia Cruvinel, a Coordenadora de Assuntos Internacionais (Cai), Ofir Bergemann e o Coordenador de Comunicação da UEG, Marcelo Costa. Ao final da cerimônia, teve início a programação da Mostra Competitiva Universitária, com a exibição de nove produções: Se (Brasil), Agua (México), Marek (Chile), Diagrama do útero (Brasil), Elan (Colômbia), Volga ou tudo ao redor é colorido e se desbota (Brasil), Como dois amantes (Brasil), C4(Argentina) e Traidos por el mar (Venezuela).

Valorização da produção universitária

50 filmes na Mostra Competitiva Universitária, 14 na Mostra Paralela, cinco na Mostra Universitária, além de oficinas focadas na crítica e produção cinematográfica. O Perro Loco retorna ao circuito de cinema internacional com uma programação que valoriza a diversidade de olhares sobre a América Latina e o caráter experimental das produções universitárias. Para o também organizador do evento, Fausto Neto, o festival se constitui como uma alternativa para a divulgação dos filmes acadêmicos, tendo em vista a restrição, ainda existem nos meios comerciais latino-americano, da distribuição e exibição de produções dessa natureza. “A produção melhorou com os avanços tecnológicos, o acesso às câmeras e outros equipamentos que tornaram mais acessíveis a produção. Mas para o estudante ainda é muito difícil distribuir seus filmes”, comentou.

Público lota teatro do Centro Cultural UFG para assistir a abertura da Mostra Competitiva Universitária do Perro Loco

Além de oportunizar o contato com filmes de vários países, o festival também preconiza o envolvimento da comunidade universitária nas atividades, tanto no acompanhando da programação, como também na organização. A estudante de jornalismo da UFG, Amanda de Oliveira Costa, atua na área de comunicação do projeto de extensão e acredita que a experiência adquirida vai ajudá-la em sua trajetória na universidade. “É importante porque a gente acaba aprendendo muita coisa, tanto para a compreensão do universo do cinema como sobre as técnicas de escrita para produzir os textos”, declarou.