Projeto de extensão visa mensurar valor monetário de bens e serviços ambientais

O valor da biodiversidade é um assunto complexo e muito debatido por economistas e ecólogos. Conhecida como valoração ambiental, a atribuição de valor monetário para a conservação do meio ambiente é o foco de projeto de extensão proposto pela Escola de Agronomia (EA) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Coordenado pela professora Francis Lee, o projeto visa compartilhar os conhecimentos em valoração ambiental para contribuir para a tomada de decisão de agentes públicos e privados quanto à elaboração de políticas, a investimentos produtivos e a capital natural. Também é uma oportunidade de proporcionar a alunos de graduação e pós-graduação, de áreas distintas de formação, o aprendizado em valoração ambiental a partir da aplicação de conhecimentos teóricos.

Francis Lee esclarece que a biodiversidade geral tem um valor econômico que é colocado na forma monetária e exemplifica que “se uma empresa não coloca os filtros nas chaminés para evitar a emissão de gases poluentes, ela pode ser multada por provocar dano à qualidade do ar. A multa será estabelecida a partir da valoração econômica ambiental”.

A coordenadora ressalta a importância da ação. “Esse projeto é muito importante para a análise e integração de todas as políticas públicas de meio ambiente e de desenvolvimento econômico, visto que essa metodologia de valoração já faz parte da avaliação de agências internacionais de crédito”, destaca.

Compensação Ambiental

A procura por profissionais que realizam a valoração ambiental em Goiás se intensificou com a Lei nº 18.037, de 12 de junho de 2013, que dispõe sobre a proteção da fauna silvestre no Estado de Goiás. Os novos empreendimentos que geram significativo impacto ambiental ou que já possuem licença prévia têm um prazo para regularizar a comprovação da compensação ambiental.

A iniciativa, por meio de parceria firmada com a Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape), realiza consultorias para aplicação da valoração ambiental para órgãos públicos e instituições privadas. Já foram entregues projetos para algumas organizações que aguardam a avaliação da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). O Ministério Público procurou a Universidade com vistas em firmar parceria para realização de consultoria. No próximo ano, serão oferecidos cursos sobre a valoração ambiental destinados ao público em geral.