Última etapa da Olimpíada de Empreendedorismo é realizada em Caldas Novas

Texto: Camila Godoy

Fotos: Letícia Antoniosi

A última etapa da 1ª Olimpíada de Empreendedorismo para Universitários Goianos aconteceu neste final de semana, em Caldas Novas. Dos dias 07 a 09 de novembro, as seis equipes classificadas para a terceira fase da competição participaram do Boot camp em Empreendedorismo, um campo de treinamento para que desenvolvessem seus planos de negócio, com o apoio de consultores e mentores. Ao final, os participantes apresentaram suas ideias empreendedoras e um grupo de jurados, formado por empresários, professores e investidores, avaliou as propostas.

A equipe da UniIncubadora, Programa de Incubadora de Empresas do Centro Universitário de Anápolis (UniEvangélica), foi a vencedora da competição, seguida pelo grupo do Proine, Programa de Incubação de Empresas da UFG, localizado na Regional Goiânia, que ficou em segundo lugar, e pela equipe do Proin.UEG, Programa de Incubadoras da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que ficou na terceira posição.

Além de todo o aprendizado adquirido nas três fases da Olimpíada, as equipes vencedoras ganharam vagas para o estágio de Pré-Incubação das Incubadoras de Empresas em que eram vinculadas, além de vagas em cursos de empreendedorismo e ingresso para participação do Campus PartyTM 2015, evento que contará com centenas de atividades sobre Inovação, Ciência, Cultura e Entretenimento Digital e que ocorrerá em São Paulo.

Participantes e organizadores da competição comemoram final da Olimpíada

Ideias vencedoras

Vanessa Cristina Dourado dos Santos, estudante do 7º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da UniEvangélica, foi a responsável pelo projeto vencedor da competição. Ela apresentou a proposta de criação de um piso drenante de permeabilidade urbana, que absorverá toda água escoada, evitando enchentes e inundações. O produto apresentado por Vanessa Cristina Dourado é formado por subprodutos de pedras da cidade de Pirenópolis, com aditivo que deixa o piso mais resistente. Para ela, a Olímpiada foi imprescindível para o amadurecimento do projeto: “Saio daqui com uma sensação de dever cumprido. Agora, pretendo levar a ideia adiante”.

Vanessa Cristina Dourado dos Santos apresenta proposta de piso drenante

Os alunos Arthur Scalzitt e Paulo Hernanes, do 8º período do curso de Biotecnologia da UFG, foram os criadores da proposta que ficou em segundo lugar. Eles apresentaram a ideia de criação de um dispositivo químico que interromperá o ciclo da esquistossomose, infecção conhecida como “Barriga d’água”, que atinge milhões de pessoas no Brasil. “Por se tratar de um produto tecnológico de inovação, não conseguimos computar os gastos e fazer uma boa projeção financeira, atrapalhando nossa desenvoltura na Olimpíada. Mas, pretendemos utilizar o que aprendemos aqui, melhorar alguns pontos e levar o projeto para disputar outros desafios”, declarou Arthur Scalzitt.

Emilia Rosângela Pires e Núbia Ribeiro Gomes parabenizam Paulo Hernanes e Arthur Scalzitt  

A ideia de Tiago Soares Ferreira, estudante do 5º ano do Curso de Sistemas de Informações da UEG, conquistou o terceiro lugar. Ele levou para a competição uma proposta de criação de um aplicativo para celulares smartphones que facilitará a comunicação entre transportadores ou caminhoneiros autônomos e embarcadores. Animado com a competição, Tiago Soares Ferreira disse que pretende aproveitar todas as sugestões apresentadas pelos jurados.

Tiago Soares Ferreira defende projeto

A Olimpíada

A 1ª Olimpíada de Empreendedorismo para Universitários Goianos foi um projeto coordenado pelo Proine e co-realizado pelas Incubadoras Aldeia, do Centro Universitário de Goiás (UniAnhanguera), Athenas (UFG Regional Catalão), BeeTech (UFG Regional Jatái), Proin.UEG e UniIncubadora.

O projeto é resultado de intenso trabalho que visa despertar a cultura empreendedora nos alunos. Para tanto, Marcos Hashimoto, consultor e palestrante em empreendedorismo, visitou todas as universidades que participaram da Olimpíada e fez uma palestra sobre o tema, convidando os alunos a se inscreverem na competição. Além disso, a equipe do Proine colou cartazes nas instituições e organizou workshops sobre as possibilidades de identificação de oportunidades de negócios. Ao todo, quase três mil alunos foram alcançados pelas atividades.

Nas duas primeiras fases da Olimpíada, a seleção era interna. Os estudantes enviaram vídeos de dois minutos explicando suas ideias, depois os classificados passaram por uma avaliação presencial. Para a terceira etapa, cada instituição apresentou a proposta vencedora que participou do Boot camp.

Emilia Rosângela Pires da Silva é gerente do Centro de Empreendedorismo e Incubação da UFG Regional Goiânia. Para ela, o empreendedorismo precisa ser trabalhado nas universidades: “Queremos mudar as atitudes dos acadêmicos, prepará-los para o mercado, não apenas para abrirem um novo negócio. Nossa proposta é que eles tenham atitudes empreendedoras como empregados também, ter o empreendedorismo como carreira, independente de terem um negócio próprio ou não”, explicou.

Emilia Rosângela Pires da Silva também explicou que a Olimpíada será institucionalizada pela UFG e se transformará em um programa. Assim, independentemente das outras instituições participarem ou não, a competição acontecerá na Universidade, e lembra: “Estão abertas as inscrições para o processo seletivo das incubadoras da UFG”.