Sindicato pede mais tempo para debate

On 05/11/14 10:39 .

Os membros do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifes/ GO) questionam qual será o papel da UFG com a implantação da Ebserh. De acordo com a coordenadora- geral do Sint-Ifes, Fátima dos Reis, o contrato entre UFG e Ebserh está sendo analisado pela assessoria jurídica da instituição para checar se existem contradições.

A coordenadora discute ainda a necessidade de uma empresa para intermediar o repasse de verba para o hospital. “Assinar com a Ebserh é assumir a incompetência administrativa da UFG”, protesta. Ela ressalta que os problemas enfrentados hoje pelo HC são financeiros e que o hospital precisa apenas de mais dinheiro e não de uma mudança de gestão. Fátima lembra ainda que a Ebserh prejudicaria os concursados da UFG que teriam que se adequar às exigências da empresa.

Para ela, não houve tempo suficiente para debate e grande parte da comunidade acadêmica ainda não tem informações sobre a Ebserh. Por isso, Fátima garante que vai pedir na justiça mais tempo para discussão. “Precisamos de um amplo debate na UFG. Esse assunto tem que ser muito bem analisado porque pode trazer problemas futuros,” afirma. O diretor do HC, José Garcia, discorda. Segundo ele, o assunto vem sendo discutido há mais de dois anos. “Tivemos, sim, debate e, inclusive, audiência pública,” rebate.

De acordo com José Garcia não existem mais condições de adiar a adesão da UFG À Ebserh. “Não aderir não traz vantagem alguma. A situação é absolutamente crítica. Toda mudança causa estresse e dúvidas, mas, ao mesmo tempo, só evoluímos mudando”, afirma. Segundo ele o Sindicato projeta problemas para o futuro, mas é preciso tomar uma decisão urgente. “Hoje os próprios funcionários já entendem o que é a Ebserh e sabem que ela trará melhorias”, garante o diretor do HC.

Fátima diz ainda que entende que a Ebserh não tem cumprido o que se propõe nos hospitais onde já foi implantada. “Nossa grande preocupação é que ainda não temos nenhuma experiência vitoriosa para nos espelharmos. A Ebserh não está implantada em sua plenitude em nenhuma universidade”, detalha. Já na opinião do diretor do HC, os exemplos que temos nos hospitais que já aderiram são sim positivos, mas as mudanças são lentas. “A implantação tem sido gradativa, o que mostra coerência e cuidado para não causar nenhum dano aos hospitais e à universidade”, explica.