CAI faz balanço das atividades de estudantes caboverdenses na UFG

Texto: Angélica Queiroz

Fotos: Carlos Siqueira

Os quatro estudantes de Cabo Verde que desenvolveram trabalho de iniciação científica na UFG nos últimos dois meses, pelo Programa de Incentivo à Formação Científica de Estudantes de Cabo Verde (PIFC), se despedem do Brasil esta semana. Na manhã desta segunda-feira (20), a coordenadora de Assuntos Internacionais da UFG, Ofir Bergemann Aguiar, os recebeu na Coordenadoria de Assuntos Internacionais (CAI) junto aos professores orientadores Dijaci David de Oliveira, da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), e Marilúcia Mendes Ramos, da Faculdade de Letras (FL), para um balanço do projeto.

Os estudantes Erick Fernando Gomes, Keila de Jesus Andrade Correia, Mauro Alexandre Lopes Vieira e Patrícia Solange dos Reis, da Universidade de Cabo Verde, dos câmpus de Praia e São Vicente, falaram sobre as dificuldades e os aprendizados nesse período em que estiveram na UFG. Com os orientadores, deram sugestões de como tornar o Programa ainda melhor, mas avaliaram a experiência como enriquecedora.

Estudantes e professores tutores falaram de desafios superados durante o Programa

Ofir Aguiar ressaltou a troca de experiências proporcionada pelo PIFC tanto para os estudantes intercambistas quanto para os alunos da UFG. Ela também comemorou a contratação de um professor efetivo de Português para estrangeiros. Já a coordenadora substituta, Alexandra Nogueira da Silva, destacou a disponibilidade dos professores que, segundo ela, “tornam o projeto possível”.

Coordenadora de Assuntos Internacionais ouviu sugestões para melhorar o PIFC

Para a professora Marilúcia Mendes, uma das tutoras do Programa, a experiência é rápida, intensa e muito valorosa. “A gente faz amigos mesmo. O contato permanece e temos muito prazer em ver que a gente planta uma sementinha que cresce e abre novos caminhos. Os meninos saem mais maduros e é muito gratificante. Eu avalio o Programa como um sucesso,” disse.

“Quando visitamos lugares diferentes, algo muda em nós”

Para os quatro estudantes, a adaptação ao clima e ao transporte público da Capital foi uma das dificuldades enfrentadas quando chegaram ao Brasil. No entanto, todos encararam os obstáculos como uma chance de aprendizado. “São experiências diferentes, foi um grande desafio, mas penso como diz o poeta ‘tudo vale a pena se a alma não é pequena’,” afirmou Keila Correia, 20 anos. Patrícia Solange dos Reis, 26, destaca a recepção dos brasileiros e a culinária local. “Todos foram muito carinhosos e me apaixonei por tapioca,” disse.

Mauro Alexandre Vieira, 23, acredita que a experiência foi enriquecedora em dois níveis: acadêmico e pessoal. “São realidades muito diferentes. Vamos agora levar esse conhecimento para o nosso país, para as nossas vidas. Esse projeto não termina aqui. Acredito que quando visitamos lugares diferentes, algo muda em nós,” relatou. Já Erick Fernando Gomes, 22, confessa que não se apaixonou à primeira vista pelo Brasil, porque a realidade é diferente do que ele via pela internet. No entanto, mudou de opinião logo. “Gostei tanto que pretendo voltar para cursar a pós-graduação na UFG,” planejou.