Núcleo de Educação Intercultural Takinahaky inaugura prédio
Representantes indígenas e integrantes da comunidade acadêmica estiveram presentes no evento
Texto: Águita Araújo
Fotos: Carlos Siqueira
Na tarde da última segunda-feira, 14/05, ocorreu, no Câmpus Samambaia, a inauguração do prédio do Núcleo Intercultural de Educação Indígena Takinahaky, cuja denominação significa “grande estrela”. De acordo com dados apresentados pela primeira coordenadora do curso de Educação Intercultural, Maria do Socorro Pimentel da Silva, atualmente, o núcleo possui mais de 600 estudantes matriculados nos quatro cursos: Graduação em Educação Intercultural, Especialização com meta em projetos políticos pedagógicos, Formação continuada de Saberes Indígenas nas Escolas e aperfeiçoamento de professores e lideranças indígenas.
O evento contou com a participação professores, estudantes e autoridades da UFG
Estiveram presentes na cerimônia de inauguração, estudantes indígenas representantes dos povos Apinajé, Krahô, Guajajara, Karajá, Waurá, Tapirapé, Timbira, Canela, Garão, Krikati, Xavante, Xakriabá, Xerente, Tapuia, Kamayurá e Javaé. Além disso, professores, servidores, outros integrantes da comunidade acadêmica e convidados também compareceram para prestigiar o momento solene.
O coordenador do Curso de Educação Intercultural, André Marques do Nascimento iniciou a cerimônia destacando a importância do estabelecimento de um espaço para a o desenvolvimento educação indígena na universidade. De acordo com André Marques do Nascimento o prédio do Takinahaky interfere de forma significativa na paisagem da UFG. “Não só por sua arquitetura inspirada na riqueza cultural indígena mas, principalmente, por se tornar um símbolo de que é possível uma universidade aberta às muitas formas de se conhecer e interpretar o mundo” declarou o coordenador.
História e inclusão
O diretor da Faculdade de Letras, Francisco José Quaresma de Figueiredo, relembrou o surgimento do Núcleo de Educação Intercultural no ano de 2007 com cede na Faculdade de Letras, com atividades conjuntas com a Faculdade de História, além de parcerias com outras Unidades Acadêmicas da UFG. Já o pró-reitor de Graduação, Luiz Mello acrescentou a necessidade de se auxiliar a permanência dos estudantes na universidade. “Porque não basta democratizarmos o acesso à universidade, temos que democratizar a permanência na universidade e democratizar significa produzir condições diferenciadas para aqueles que são diferentes” afirmou.
A ex- coordenadora do curso de Educação Intercultural, Mônica Veloso Borges, também foi convidada para um breve discurso. Ela ressaltou a importância de o momento da inauguração ter ocorrido em um período de presença dos estudantes indígenas, os quais frequentam às aulas no meses de janeiro e julho. Foi convidado à frente também o estudante do curso de Educação Intercultural Mauisi Carajá que agradeceu aos professores e alunos a presença no evento e comentou os desafios para a educação indígena. Ao final Mauisi Karajá solicitou a presença de outros representantes do povo Inã Karajá para uma apresentação.
Apresentação do grupo indígena Inã Karajá
Fonte: Ascom UFG
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