É preciso pensar matematicamente
Termina hoje a VII Escola de Física, que apresenta a alunos do ensino médio as potencialidades de estudo da área
Texto: Warlos Morais
Ocorre até nesta sexta-feira, no Instituto de Física, no Câmpus Samambaia, a VII Escola de Física. O evento é voltado para estudantes do Ensino Médio que se interessam pelo curso. São oferecidas palestras, minicursos e atividades experimentais. Na abertura que aconteceu dia 2 de julho o diretor do IF, Tertius Lima da Fonseca, apresentou o curso de Física e mostrou todas as possibilidades que ele oferece para quem deseja seguir essa carreira.
O vice-diretor Salviano Araújo Leão também destacou na abertura a importância do curso e sua formação. “Os conhecimentos em Física são importantes e auxiliam o profissional em qualquer outra área”, completou.
Essa edição do evento recebeu mais de 100 inscrições de estudantes da região metropolitana de Goiânia, apesar da divulgação do evento ter sido prejudicada pela greve de servidores técnico-administrativos da UFG. Bárbara Hidasi, estudante do Ensino Médio diz que sempre tem o interesse de atuar como professora de Física e que esse evento colaborou para o seu conhecimento na área.
Em ano de Copa do Mundo, sediada no Brasil, o tema da primeira palestra foi Física no futebol, ministrada pelo professor Salviano Leão. Segundo ele, poucas pessoas percebem, mas a física sempre está presente e se relaciona praticamente em todo o momento com o ser humano em seu cotidiano. No futebol há vários fatores que podem ser estudados pelos físicos. Entre eles a estrutura física de um jogador e sua força, que aplicada no objeto, a bola, resulta em uma velocidade que por sua vez em várias ocasiões trazem efeitos curiosos para dentro do campo. Porém esses resultados dependem de toda uma matemática, que na maioria das vezes é feita pelos jogadores inconscientemente.
Um bom exemplo é o do ex-jogador Marcelinho Carioca, que mesmo com o porte físico inferior ao de outros jogadores, tinha a anatomia do pé favorável para que seu chute impulsionasse a bola com grande velocidade. Esse processo pode ser explicado teoricamente, visto que, a curva que a bola faz e na maioria das vezes enganam os goleiros, acontece através da força de arrasto junto com a velocidade, que se choca com a pressão permitindo que a bola percorra ao ar livre em movimento de rotação.
Outro fator interessante é a divergência do efeito de acordo com o local, segundo o professor Rafael de Morais, no Peru por conta da altitude, a pressão atmosférica e o atrito com o ar os chutes não tem o mesmo desempenho que um jogador executa aqui no Brasil.
E para que nos jogos as bolas proporcionem essas curvas, a Fifa investe em pesquisa para descobrir fatores que interferem na velocidade da bola. Foi descoberto que a quantidade de gomos tem uma grande influência, quanto menos número de gomos a bola tiver, mais rápido ela gira. Essa pesquisa se comprovou na comparação entre a bola da copa passada, a jabulani e a da copa atual, a brazuca, que tem apenas seis gomos.
Quelle: Ascom/UFG
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