Pesquisa da UFG investiga propriedades de planta do Cerrado para tratamento do Vitiligo
Iniciativa da Faculdade de Farmácia tem o objetivo de fundamentar a utilização de medicamentos oriundos da planta mama-cadela
Pesquisadores da Faculdade de Farmácia da UFG estão desenvolvendo pesquisa científica com plantas originárias do Cerrado para produção de medicamentos para tratamento do Vitiligo, doença que causa despigmentação da pele. Coordenada pelo farmacêutico e professor da Faculdade de Farmácia, Edemilson Cardoso da Conceição, com participação de estudantes do mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas e de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Inovação Farmacêutica, a pesquisa se baseia na produção de extratos padronizados das Furanocumarinas (Psoraleno e bergapteno), substâncias encontradas na planta mama-cadela (Brosimum gaudichaudii).
“Essa planta produz uma série de substâncias, entre elas, as chamadas furanocumarinas, que atuam nos melanócitos, células responsáveis pela produção do pigmento melanina, e estimulam a repigmentação da pele”, explicou Edemilson Cardoso. Segundo ele, a planta já é utilizada pela população para estes fins, mas de forma empírica e indiscriminada, o que pode causar certos danos à saúde, como a toxicidade do fígado.
Coordenador da pesquisa, professor Edemilson Cardoso, e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Maria Cristina
A pesquisa teve a etapa de processamento finalizada - quando se desenvolve fórmulas farmacêuticas - e agora os pesquisadores estudam o desenvolvimento de formas farmacêuticas para uso tópico e oral. Conjuntamente, estão sendo realizados estudos de viabilidade agronômica para reposição dos recursos extraídos do Cerrado, em parceria com o agrônomo João Carlos Mohn Nogueira, da Emater (Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária), e a Embrapa. “Temos que criar mecanismos e estratégias para explorar o Cerrado de forma racional, não destrutiva. Nossa abordagem tem esse diferencial, porque estamos pensando na parte agronômica”, ressalta o coordenador da pesquisa.
A previsão é que em três ou quatro anos seja possível a transferência de tecnologia da universidade para o setor privado para a produção dos medicamentos fitoterápicos.
Fonte: Ascom UFG
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