Editora UFG reedita obras literárias e lança obra inédita que reúne material iconográfico da antiga Vila Boa
Os eventos serão nos dias 18 e 19 de novembro
Nos próximos dias 18 e 19, a Editora da Universidade Federal de Goiás (UFG) realiza o lançamento de quatro livros literários e um livro que reúne parte da iconografia da antiga Vila Boa. Os livros literários Voo cego, Antologia do conto goiano (I e II) e a Ressurreição de um caçador de gatos serão lançados na segunda-feira (dia 18), às 19 horas, na Livraria UFG, instalada na Faculdade de Educação, e a obra inédita Iconografia Vila-Boense tem lançamento previsto na terça-feira (dia 19), às 20 horas, na Galeria Beco das Artes
Resultado de uma seleção organizada pelas professoras e pesquisadoras Darcy França, Maria Zaíra Turchi e Vera Maria Tietizmann, Antologia do conto goiano é uma reedição da Editora UFG, dessa vez, integrando a Coleção Vertentes, destinada à publicação de obras literárias. A obra é dividida em dois volumes: o primeiro volume apresenta uma coletânea de contos de catorze grandes nomes da literatura goiana, entre eles Hugo de Carvalho Ramos, Bernardo Élis e J. J. Veiga, e uma visão panorâmica dos sessenta anos de produção literária do conto em Goiás, fase marcada significativamente pela corrente regionalista. O segundo volume cobre o período que vai do final dos anos 1960 até o início dos anos 1990, reunindo 47 contos em sua fase mais contemporânea. Segundo as organizadoras, o livro é uma grande contribuição para os estudos críticos e literários na área de Letras, já que apresenta uma extensa bibliografia crítica sobre os escritores selecionados.
O livro A Ressurreição de um caçador de gatos, de Carmo Bernardes, foi publicado pela primeira vez em 1997 pela Editora UFG e agora recebe uma nova edição para integrar também a Coleção Vertentes. Vencedor do Prêmio Casa das Américas, em 1991, a obra reúne 24 contos, destacando a experiência do homem sertanejo presente nas histórias de pescarias, caçadas e viagens. Escrito numa linguagem vigorosa, que aprofunda de forma criativa o falar do homem do sertão, o livro revela os conflitos humanos e sociais do universo rural goiano.
O livro Voo cego marcou a estreia de Darcy França na poesia, em 1980, quando ganhou o prêmio estadual Cora Coralina, concedido pela União Brasileira de Escritores. A reedição da obra reúne 42 poemas que chamam imediatamente a atenção do leitor pela quase obsessiva preocupação com o uso do hífen, utilizado na aproximação, na ligação e no paralelismo de palavras contrastantes.
Em Iconografia Vila-Boense, Gustavo Neiva Coelho – autor desse e de vários outros livros e também arquiteto e professor de Teoria e História da Arquitetura da PUC/GO - pretende mostrar àqueles que se interessam pela história goiana os processos de desenvolvimento, tanto urbano quanto arquitetônico, por que passou o antigo arraial de Vila Boa em seus dois primeiros séculos de existência.
Nos documentos reunidos no livro, podem ser vistos plantas de levantamento urbano, desenhos de observação do ainda incipiente arraial, além de outros realizados por viajantes europeus que percorreram o interior do Brasil, documentando fauna, flora, topografia, habitantes e núcleos urbanos concentrados nas mais distantes regiões do nascente império.
Encontram-se, ainda, projetos e levantamentos arquitetônicos elaborados no século XVIII, como é o caso da Casa de Câmara e Cadeia e da residência ocupada pelo governador de São Paulo em sua visita aos territórios mineradores dos Goyazes.
O livro reúne ainda vários projetos para construção e reformas, datados do século XIX, elaborados por profissionais estabelecidos na Vila. As imagens são complementadas por documentos escritos e relatórios de obras, mostrando a forma como a cidade se organizou e se desenvolveu.
O propósito do livro, segundo o próprio autor, é apresentar parte da iconografia relacionada à Vila Boa, elaborada durante os séculos XVIII e XIX e, muitas vezes, interpretada de forma incorreta e erroneamente datada, o que leva a avaliações equivocadas da história dos núcleos goianos setecentistas.
Fonte: Editora UFG
