UFG elabora proposta ao Plano Diretor Metropolitano
Texto: Erneilton Lacerda
Fotos: Carlos Siqueira
Uma equipe de professores da Universidade Federal de Goiás concluiu, na sexta-feira (27/10), a primeira parte do desafio de elaborar uma proposta ao Plano Diretor Metropolitano, para a Secretaria Estadual de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia (SDRMG). Na ocasião, foi entregue a primeira versão da proposta técnico-científica, que abrange os vinte municípios da Grande Goiânia, ao gestor da pasta, Eduardo Zaratz.
O documento foi entregue ao secretário de estado, Eduardo Zaratz, pelo reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, que elogiou a iniciativa de “chamar a universidade para o debate de um plano diretor específico para a Região Metropolitana de Goiânia (RMG)”. “Sem dúvida, o Plano Diretor Metropolitano é a principal ferramenta da Região Metropolitana de Goiânia para os próximos anos”, afiançou o reitor.
O secretário Eduardo Zaratz afirmou que o governo estadual entende a importância da harmonização entre a capital e os demais municípios da Grande Goiânia e, por esse motivo, resolveu elaborar um plano diretor específico para a região. “Nada melhor que a academia, e uma academia do Estado de Goiás, para colaborar conosco na implementação desse plano”, disse o secretário. A despeito de destacar um “carinho especial” pela chance da UFG ser a parceira escolhida, Eduardo Zaratz esclareceu que a legislação exige a avaliação de outras proposituras.
A proposta
A oferta da UFG tem o objetivo de levantar a atual estrutura urbana, territorial e socioeconômica da RMG para elaborar um Plano de Desenvolvimento Integrado em consonância com anseios e projetos da Superintendência de Projetos Especiais da SDRMG e do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa) da UFG.
A Funape seria a contratada para o fornecimento de especialistas, planejadores urbanos, professores/pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, tudo com a participação da SDRMG, dos vinte municípios e da sociedade organizada. O plano de trabalho tem duração de três anos.
Se aprovado, o trabalho da UFG partirá do reconhecimento de que: "Goiânia cresceu espraiada, prejudicando estratégias de desenvolvimento urbano e regional; Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, Trindade e Goianira sofrem a metropolização expressa em uma conurbação prematura e intensa; a dinâmica populacional força diariamente essa conurbação, alimentada pelo déficit habitacional, pela exclusão social e pela especulação imobiliária; áreas rurais que margeiam a metrópole se transformam gradativamente em reservas imobiliárias e vazios urbanos; a RMG registra acentuados índices de violência e criminalidade."
Fonte: Ascom/UFG