
Debate da APG discute Plano Nacional de Pós-Graduação e o desenvolvimento de pesquisas no país
Os caminhos da pós- graduação e produção de conhecimento no Brasil, a autonomia e função das universidades nos países capitalistas e o Código Nacional Ciência e Tecnologia foram alguns dos temas abordados no debate sobre Plano Nacional de Pós-Graduação e a profissão de pesquisador, na noite de ontem (05), no mini-auditório Prof. Egídio Turchi – Faculdade de Letras/UFG.
A mesa de debates, que faz parte da programação do Salão Nacional da Pós-graduação e I Encontro Goiano de Pós Graduandos, foi composta pelo Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Eduardo Gonçalves Serra e pelo professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Nelson Cardoso Amaral.
Por meio de indicadores associados à produção do conhecimento e gráficos com comparações dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o professor Nelson Cardoso Amaral fez um estudo comparando dos investimentos feitos pelo Brasil em educação e diversos outros países. “Só o percentual do PIB não dá conta do significado do investimento de um país”, diz.
“Se o Brasil quer ter alguma autonomia tecnológica e industrial, sem ficar dependendo tanto das ações dos países do exterior não é possível deixar as universidades públicas fora das discussões e participações nos índices de desenvolvimento”, afirmou Nelson Cardoso.
Segundo o professor Eduardo Gonçalves Serra, o Código Nacional Ciência e Tecnologia reflete uma das tendências à transformação do capitalismo nas ultimas décadas e rebate nas universidades. “Na ciência e tecnologia existe uma contradição, pois o governo aposta idealmente em um caminho de desenvolvimento para a autonomia tecnológica, só que a base da indústria brasileira não vai fazer isso, porque ela é estrangeira”, disse ele.
Fonte: Ascom/UFG
Categorias: Pós-graduação