Workshop reúne estudantes para discutir pesquisa e mobilidade internacional
Durante todo o dia 28 de novembro, os bolsistas do Programa Jovens Talentos para a Ciência participaram do primeiro workshop do programa. O evento foi promovido pela Pró-reitoria de Graduação (Prograd) e teve por objetivo oferecer aos estudantes subsídios e estímulos para seu engajamento em programas de pesquisa e de mobilidade internacional ainda na graduação.
O Programa Jovens Talentos para Ciência colocou à disposição de todo o país 6 mil bolsas no valor de 400 reais por mês destinadas aos estudantes recém-ingressos nas universidades. A UFG, segundo a Prograd, foi a quarta universidade a aprovar mais bolsistas para o programa. Ao todo, 196 estudantes foram selecionados em cursos de todas as áreas do conhecimento, especialmente das áreas de Engenharia e Medicina.
Segundo o coordenador do programa, Lawrence Gonzaga Lopes, o objetivo é justamente incentivar o envolvimento precoce dos estudantes com a pesquisa: “A intenção é que eles estejam melhor preparados para participar dos programas da Capes, como o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI), Programa de Iniciação Cientifica do CNPq e Programa Ciência sem Fronteiras no exterior”.

Na foto, professor Carlos Estrela (FO), a pró-reitora de Graduação, Sandramara Chaves, e Lawrence Gonzaga
O primeiro workshop abordou temas básicos sobre a pesquisa, como metodologia cientifica e elaboração de projetos de pesquisa. “São estudantes que acabaram de ingressar na universidade, por isso, precisamos trabalhar temas básicos neste momento, mas para o próximo semestre estamos preparando mais um workshop com temas um pouco mais aprofundados, quando os estudantes já terão maior vivência dentro do curso”, explica Lawrence Gonzaga.

Para aumentar ainda mais as chances de ingresso nesses programas é necessário que o estudante curse uma língua estrangeira. Segundo a pró-reitora de Graduação, Sandramara Chaves, as universidades poderiam ter enviado muito mais estudantes para o exterior, mediante o programa Ciência sem Fronteiras, no entanto, o envio esbarrou na falta de conhecimento de línguas estrangeiras dos estudantes. Por isso mesmo, o estudo de línguas é primordial para os bolsistas. “A bolsa existe para que vocês invistam em sua formação e no estudo de línguas estrangeiras”, disse a pró-reitora.
A primeira palestra do dia teve como tema: “Pesquisa: Transformação na formação profissional ou mera complementação de estudos?” O professor da Faculdade de Odontologia (FO), Carlos Estrela, proferiu a palestra com o intuito de incentivar os estudantes a tomar a iniciativa de investir em sua formação, buscando capacitação, leitura, motivação e, principalmente, uma mudança de comportamento: “Pesquisa tem de ser mais do que publicação de artigos, é preciso uma mudança de comportamento, é preciso pensar no que a pesquisa irá acrescentar para a sociedade”.

Professor Carlos Estrela (FO) durante sua palestra
Carlos Estrela orienta dois bolsistas do programa e ressaltou as oportunidades oferecidas pelo programa: “Meus alunos trabalham em contato direto com mestrandos e doutorandos, isso reaviva em todos eles a criatividade e abre uma oportunidade de convivência que os estimula”. Ele acredita que o programa é uma forma de melhorar a preparação dos recursos humanos e promover a ciência e a tecnologia.
Os bolsistas do curso, Vitor Henrique Carvalho e Matheus Felther, estavam no evento. Os dois estudantes acreditam que o programa lhes deu uma oportunidade importante. “Nós nos empenhamos desde o começo na carreira”, afirma Vitor Henrique. “A universidade te dá um leque de oportunidades muito grande que podemos perceber mais cedo. Convivemos com mestrandos e doutorandos e isso também é muito interessante em nossa formação”, afirma Matheus Felter.

Bolsistas do curso de Odontologia, Vitor Henrique Carvalho e Matheus Felther
Outra estudante presente no workshop, Natália Topanotti, de Engenharia Química, disse que nunca imaginou que pudesse ter uma oportunidade como essa. Para ela, o programa tem sido ótimo, permitindo que ela conheça mais o curso e esteja envolvida em uma pesquisa que pretende contribuir muito para a sociedade. A pesquisa investiga a produção de hidrogênio, “a energia do futuro”, como ressalta a estudante. Ela também acredita ser muito importante o incentivo dado ao estudo de línguas estrangeiras e declara: “O investimento do governo vai valer a pena”.

Bolsista Natália Topanotti, do curso de Engenharia Química
Fonte: Ascom/UFG
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