Estudantes da UFG conhecem oportunidades de intercâmbio na Alemanha

Em 06/11/12 02:18.
Alemanha colocaAlemanha oferecerá milhares de vagas até 2015 para estudantes brasileiros

Estudantes da UFG, em especial das áreas de Engenharia e Biológicas, participaram na manhã do dia 6 de novembro de uma palestra de divulgação das oportunidades de intercâmbio na Alemanha. O Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), com sede no Rio de Janeiro e em São Paulo, por meio da representante do DAAD, Betina Soares, esteve em Goiânia para divulgar as oportunidades e tirar dúvidas dos estudantes sobre os estudos no país.


As bolsas são oferecidas por meio do programa Ciência Sem Fronteiras, do governo federal, que tem o objetivo de fortalecer a mobilidade internacional dos estudantes brasileiros, oferecendo oportunidades para bolsas de graduação sanduíche, doutorado pleno, doutorado sanduíche e pós-doc. As bolsas vão de 870 euros para a graduação até 2.100 euros para o pós-doc, além de ajuda de custo para instalação, entre outras vantagens. O programa inclui cursos de alemão para os estudantes e deve oferecer mais de 100 mil bolsas até 2015. Para mais informações é só acessar www.cienciasemfronteiras.gov.br. O Ciência Sem Fronteiras privilegia áreas como engenharias, saúde, biológicas e exatas, com exceção das ciências humanas.


Betina Soares explicou o DAAD é o maior órgão de fomento acadêmico do mundo e representa uma associação de instituições de estudo superior da Alemanha. O serviço fomenta 250 programas de bolsas com cerca de 27 mil estrangeiros ligados aos programas.

Como se candidatar?


Alunos da graduação precisam ter cursado entre 20% e 90% do curso até a data da viagem (o edital aberto prevê a viagem para o início de julho). Durante 10 semanas, os estudantes fazem curso de alemão na mesma universidade em que farão intercâmbio. Para se candidatar é preciso ter proficiência básica na língua, o que, segundo Betina Soares, significa cerca de um ano e meio de curso normal ou um ano intensivo. Ela alerta, porém, que este não deve ser um empecilho para a candidatura. É preciso também apresentar um teste de proficiência, chamado ONDAF, feito em Brasília e sem custo para candidatos do programa Ciência sem Fronteiras.


Para a graduação sanduíche, a inscrição é feita no sítio do Ciência sem Fronteiras e na Coordenadoria de Assuntos Internacionais da UFG (CAI), que coordena e homologa as inscrições. Após conseguir a bolsa, o aluno precisa confirmar a vaga e escolher três locais por ordem de preferência no sítio www.csf-alemanha.de. Segundo Betina Soares, todos os estudantes que receberam a bolsa do Ciência Sem Fronteiras para a Alemanha conseguiram uma vaga no primeiro cronograma. Atualmente são
575 estudantes brasileiros na Alemanha pelo Ciência Sem Fronteiras.


Sören Metz, representante no Brasil da Universidade Técnica de Munique, também participou do evento e deu uma dica: “Não é obrigatório, mas aconselho os estudantes a traduzirem o histórico escolar para o inglês ou alemão, com breve explicação sobre o sistema de notas. Isso ajuda o avaliador da universidade”. Ele também destaca que é importante caprichar na carta de motivação: “É por meio dela – escrita em inglês ou alemão - que o avaliador vai conhecer o candidato e saber se ele realmente é um bom estudante. Destaque suas qualidades, os projetos de pesquisa de que participou, se é estudante da iniciação científica, tudo ajuda na avaliação”.


Para os estudantes de doutorado, o processo é diferente. Primeiro é preciso escolher o curso e solicitar o aceite condicional da vaga à bolsa do Ciência Sem Fronteiras. Com esse aceite, o estudante candidata-se à bolsa. O curso de alemão também é mais extenso para esses estudantes.

Estudantes interessados


A estudante Ana Carolina Azeredo, do segundo período de Engenharia Mecânica, começou o curso focada nas oportunidades do Ciência Sem Fronteiras. Ela é bolsista do Jovens Talentos para Ciência, programa também do governo federal com o objetivo de formar pesquisadores desde o início da graduação. A intenção da estudante é trabalhar com energia renovável, um dos interesses do país alemão, de acordo com Sören Metz. Ela destaca a importância da palestra: “É uma oportunidade de me informar mais sobre como estudar naquele país e até de continuar estudando lá depois da graduação, já que a área de engenharia é muito forte na Alemanha.” Nayche Santana é estudante de graduação da Biomedicina, 8º período, e já esteve na Alemanha para participar de um congresso de Biologia Molecular: “Me apaixonei pelo país e quero estudar lá”, ressalta a estudante, que é bolsista de iniciação científica do CNPq. Para ela, a palestra foi uma oportunidade de saber mais sobre o programa: “Nem sempre temos acesso a esse tipo de informação e a palestra nos leva a pesquisar mais a respeito das oportunidades no país”.

 

Mais informações www.daad.org.br , www.cienciasemfronteiras.gov.br, www.csf-alemanha.de

Fonte: Ascom/UFG