IX Conpeex tem mais de seis mil inscritos
Teve início na manhã do dia 22 de outubro a IX edição do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão, o Conpeex. O evento deste ano recebeu 6.300 inscritos e apresentará 2 mil trabalhos de graduação e pós-graduação produzidos na UFG. O congresso segue até o dia 26 de outubro.
A cerimônia foi aberta com a apresentação de Ângela Barra (canto) e Carlos Costa (piano), da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG.
O coordenador do evento, Lawrence Gonzaga Lopes, abriu a cerimônia destacando a importância do Conpeex para a socialização do conhecimento, a proposição de parcerias e a divulgação das inovações tecnológicas produzidas pela universidade. Também destacou as novidades desta edição, como o controle eletrônico das atividades das quais o estudante participa, o certificado online, além da transmissão ao vivo das conferências do evento no sítio da Fundação RTVE/UFG.
A presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Maria Zaíra Turchi, destacou o crescimento da UFG e seu papel na consolidação da pesquisa regional. O Conpeex foi um dos eventos contemplados por edital de promoção de eventos da fundação. Já a superintendente da Regional Sul da Caixa Econômica Federal (CEF), Marise Fernandes Araújo, afirmou que a parceria da UFG com a comunidade tem crescido a cada ano. O reitor Edward Madureira declarou que, no início de seu reitorado, fez o compromisso de consolidar o Conpeex, e acredita que o compromisso foi cumprido: “Hoje o Conpeex é, com certeza, o maior evento científico do Centro-Oeste”. Ele reafirmou a importância da comunidade acadêmica para a obtenção dos resultados, proporcionando à UFG um crescimento com qualidade.
Conferência de Abertura
A cerimônia de abertura foi seguida pela conferência “Economia Verde, Sustentabilidade e Desenvolvimento Social”, proferida pelo professor da Universidade de Brasília (UnB), Sérgio Sauer. Primeiramente, ele ressaltou o papel desempenhado pelas universidades localizadas no Cerrado: o de dar visibilidade ao bioma e apontar a necessidade de este não ser apenas um espaço de exploração, mas de riqueza social e ecológica.
O conceito de Economia Verde proposto pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é uma “economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente riscos ambientais e escassez ecológica”. Sérgio Sauer frisou que o conceito foi proposto com o objetivo de substituir o conceito de desenvolvimento sustentável. “Ele surge em meio a um contexto de crises econômica, ambiental e social, e essa combinação traz desafios que não estavam antes colocados. Como a crise é vista no mundo do capitalismo como uma oportunidade de negócio, o conceito visa a fomentar a busca pelo desenvolvimento, diminuindo a pressão sobre o meio ambiente, além de oferecer respostas para a crise atual”, explica o professor.
A ideia, de acordo com ele, é dar valor econômico a bens naturais anteriormente excluídos: “Um rio que não é contaminado, por exemplo, tem um valor que precisa ser expressado. O desafio é como dar valor a estes bens”. Ele também apontou o papel do Brasil nesse contexto: “O Brasil é hoje importante signatário de todos os acordos a favor do meio ambiente. Por outro lado, tem tomado decisões que vão contra esses acordos, como, por exemplo, o apoio, com isenção de impostos, ao setor automobilístico. O próprio Código Florestal, recentemente aprovado, é uma síntese dessa contradição de defesa do meio ambiente e apoio ao desenvolvimento tradicional”.
Ele terminou a palestra dizendo que há várias questões insolúveis que precisam ser pensadas com o objetivo de alcançar a sustentabilidade e atender aos preceitos da Economia Verde: como dar valor econômico a bens naturais? Como aumentar a produção sem esgotar os recursos? Como levar os países ricos a favorecer o crescimento dos países mais pobres?
Quelle: Ascom/UFG
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