Incubadora Social recebe recursos para projeto com catadores de materiais recicláveis

Sur 08/10/12 01:18.
O objetivo central é fomentar a implantação de programas de coleta seletiva e a criação de empreendimentos de economia solidária

Catadores Solidários – Cata Sol. Este é o nome do mais novo projeto da Incubadora Social da UFG, recém- aprovado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES) do Ministério do Trabalho, voltado para catadores de materiais recicláveis de Goiânia e de municípios integrantes de um outro projeto, o Ser Natureza, do Ministério Público de Goiás (MP).

 

O objetivo central é fomentar a implantação de programas de coleta seletiva e a criação de empreendimentos de economia solidária e de incubadoras locais, além de redes de cooperação atuantes com resíduos sólidos.

 

Esta semana, toda a equipe técnica do Cata Sol, com parceria do MP, reuniu-se, pela primeira vez, para traçar os próximos passos do projeto. Além da identificação e do cadastramento dos catadores, está prevista, já de imediato, a elaboração de um diagnóstico das potencialidades socioeconômicas dos beneficiários e os investimentos necessários para a viabilização de iniciativas.

 

A princípio, cerca de 800 catadores, de dez municípios goianos, estarão envolvidos no projeto, segundo levantamento feito pela Incubadora Social e o MP. Hoje as cidades integrantes são: Nerópolis, Senador Canedo, Hidrolândia, Guapó, Goianira, Aparecida de Goiânia, Goianápolis, Nova Veneza, Anápolis, além de Goiânia, onde se concentra a maior parte desses trabalhadores. Somente na capital, estão contabilizadas 16 organizações de catadores, que reúnem mais de 350 pessoas.

 

Outras cidades que também apresentam um número significativo de catadores (não organizados) são Goianira (com 80 trabalhadores nesse segmento), Anápolis e Aparecida de Goiânia (ambas com 90 pessoas).

 

Dificuldades – Conforme o coordenador do projeto, Fernando Bartholo, o desenvolvimento da categoria de catadores evidencia diversas dificuldades, das quais resulta um cenário de exclusão social que inviabiliza uma possível emancipação econômica. “Uma das dificuldades fundamentais enfrentadas pelos catadores, na região metropolitana, por exemplo, é a falta de capacitação técnica para o trabalho cooperado, de uma gestão compartilhada e de comercialização coletiva”, afirma.

 

Bartholo explica que o projeto Cata Sol foi pensado e criado justamente para sanar essas e muitas outras dificuldades enfrentadas pelo segmento de catadores. “A dependência de um mercado monopolizado por intermediários que determinam os preços dos materiais recicláveis é outro grande problema”, acrescenta.

 

O coordenador frisa ainda outros aspectos do projeto, como o de promover, por meio da valorização do trabalho, a autoestima dos catadores e a imagem institucional de seus empreendimentos; fortalecer a organização do Movimento Nacional dos Catadores em Goiás; além de impulsionar o desenvolvimento do cooperativismo popular e da economia solidária.

 

Source: Incubadora Social