Professores, alunos e voluntários promovem ações de inclusão social

Dos dias 13 a 16 de setembro foram realizadas atividades vinculadas ao projeto de extensão “Orientação e implantação de tecnologias para a inclusão social e aumento da qualidade de vida de pequenas comunidades”. Coordenadas pelo professor Gabriel Castiglioni, da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos (EA/UFG), as ações ocorreram na comunidade “Felicidade”, composta por aproximadamente 50 famílias, e situada no município de Hidrolândia.

Moradores, professores e estudantes puderam trocar experiências durante as atividades

Durante os quatro dias foram feitos cerca de 40 atendimentos médicos e odontológicos, 40 oftalmológicos e 10 jurídicos. Os moradores puderam participar de cursos e treinamentos na área de processamento e preservação de alimentos, agricultura familiar, informática, saúde pública e cidadania e, no último dia, adultos e crianças tiveram momentos de recreação no local.

Com a proposta de promover a inclusão social, o projeto envolveu 8 estudantes e 9 professores e cerca de 30 voluntários. Esta é a primeira vez que ocorrem atividades de campo, mas o projeto de extensão teve início no dia 20 de abril de 2010 e seu encerramento está previsto para 2014, porém, essa não é a expectativa do coordenador do projeto, Gabriel Castiglioni. Ele afirma que não pretende parar, e sim estender os prazos. Castiglioni explica que “a ideia não é envolver só pessoas da UFG”. Ele pretende ampliar a equipe com empresas e profissionais autônomos.

Durante os quatro dias foram realizados atendimentos médicos e odontológicos à comunidade

Os cursos foram desenvolvidos com base na realidade local da comunidade e foram executados nas casas dos moradores e na sede da Associação de Felicidade. A comunidade pôde desfrutar de cursos de higiene e boas práticas, de fabricação de alimentos, de geleias e doces, de conservas e de farinha de mandioca, e de treinamento para a fabricação de produtos defumados.

Animados com as atividades propostas, os moradores de Felicidade recebiam bem a equipe universitária em suas casas. O curso de fabricação de farinha de mandioca, por exemplo, realizado na residência do casal Estanislau Gomes de Melo, 77 anos, e Helena Candida Melo, 71, foi marcado pela descontração e troca de experiências. Enquanto os professores e alunos explicavam o processo de forma mais técnica, os moradores relatavam o modo como fazem rotineiramente. “Eu sei fazer, só quero ver como eles fazem”, explica Estanislau.

Os cursos foram realizados nas residências dos moradores da comunidade

O professor Cláudio Resende, que ministrou alguns cursos e é um dos coordenadores da área de Engenharia de Alimentos, vê os cursos como um momento de troca de experiências. “Nós viemos aqui transferir tecnologia, passar um pouco de conhecimento tecnológico, complementando o conhecimento prático que eles já têm”, afirma.

Gabriel Castiglioni avalia o evento como positivo, por ter alcançado os resultados esperados. Ele afirma que a ideia não era atender uma grande quantidade de pessoas, mas sim dar um atendimento diferenciado e de qualidade. O envolvimento de alunos e professores de diferentes áreas no projeto também foi um ponto positivo, garante. “Neste tipo de projeto muitas vezes aprendemos e ganhamos mais do que as próprias pessoas da comunidade”, comemora o coordenador.

Gabriel Castiglioni, coordenador geral do projeto, comemora resultados alcançados

Para a realização das atividades, o projeto recebeu o apoio do Exército brasileiro, EMATER, IFG Biotecnologia, GOFERT Fertilizantes, Prefeitura de Hidrolândia, GEPAAF, ADUFG, CEASA-GO, CRF-GO, SCOM Madeiras, Tambores Universo AB Plastic Embalagens, LFG Teuto e Conceitual Engenharia.