Lecionar saiu de moda? Cursos de licenciatura têm pouca procura entre os estudantes
Texto: Layane Palhares
Foto: Wéber Félix
Quem compareceu ao Espaço das Profissões 2012 teve a oportunidade de conhecer bem de perto a dinâmica, os projetos, as pesquisas desenvolvidas pelos cursos de licenciatura e bacharelado e também um pouco do cotidiano universitário.
O curso de Gestão da Informação realizou uma exposição, em parceria com outros cursos do Instituto de Informática, para tirar dúvidas dos visitantes. Quem passou pela sala de Estatística ficou um bom tempo tentando resolver vários jogos de lógica, probabilidades e métodos estatísticos. Ambos os cursos foram implantados na Universidade Federal de Goiás há quatro anos, mas ainda são desconhecidos entre os estudantes da educação básica e no próprio meio acadêmico.
Psicologia também foi outro curso bastante visitado na área de ciências humanas, especialmente pelo sexo feminino. Segundo a monitora Débora Jerônimo, a procura deve-se pelo fascínio que todos possuem pelo indivíduo em geral, e que, apesar de ser um campo de trabalho saturado, ainda gera bastante interesse. Uma das novidades do estande montado pelo curso foi a presença de um rato branco, integrante do grupo de animais utilizados em estudos sobre comportamento, para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada.
Já nos cursos de licenciatura era possível observar a paixão com que monitores e bolsistas falavam das motivações que os levaram às suas respectivas escolhas acadêmicas, mas o que visivelmente faltou pelos corredores foram estudantes do ensino médio querendo ouvir essas histórias. Sem estímulo salarial, pedagógico e enfrentando dificuldades crescentes para um bom desempenho das funções do cargo, o número de professores tende a ser cada vez menor. Segundo o coordenador do curso de Letras, Jamersson Buarque, esse desinteresse é justificado, principalmente, pela pouca valorização da carreira, reflexo da falta de uma política de incentivo e de apoio à profissão.
Porém, ainda é possível encontrar estudantes que se identificam e tenham como primeira opção de vestibular um curso de licenciatura. Ludmilla, 18 anos, aluna de um colégio estadual de Inhumas, veio para o Espaço das Profissões por conta própria e acredita que este quadro pode ser revertido com projetos específicos de incentivo aos estudantes que optarem pelos cursos de licenciatura. “Amo matemática e meu sonho é ser professora”, declarou Ludmilla.

Estande do curso de Matemática no Espaço das Profissões 2012
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Source: Ascom/UFG
