Reitor apresenta proposta de gestão do Centro de Referência em Tecnologia e Inovação
O Centro de Referência de Tecnologia e Inovação (CRTI) deve começar a operar de forma regular até agosto de 2013, após a fase de operação experimental. Ainda assim, as obras da área inicial já devem estar concluídas até junho de 2012. As informações vieram de uma reunião entre diretores de várias unidades acadêmicas da UFG e representantes de outras instituições de ensino para conhecer o projeto e as propostas de gestão.
No auditório do Instituto de Química da UFG, no último dia 16, o professor Jesiel de Freitas revelou que os custos totais para a construção estão em torno de 4 milhões de reais. Os recursos são provenientes do Projeto Estruturante II, um convênio formado entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), cujo executor é a UFG. Além da universidade, o IFG, a PUC-GO e a UEG também são co-executoras do projeto. O CRTI será parte do Parque Tecnológico Samambaia, que será instalado no câmpus II da UFG, e terá como objetivo o desenvolvimento de soluções e de materiais para a indústria e o corpo empresarial de Goiás e do Centro-Oeste.

Segundo Jesiel de Freitas, a intenção é que sejam firmados contratos entre o CRTI e a empresa solicitante, a qual, também mediante contrato, poderá fazer a solicitação diretamente ao pesquisador vinculado ao centro. As taxas pelos serviços do CRTI seriam estipuladas de forma a cobrir os custos, sem a intenção de obter lucro. “A ideia é que o Centro torne-se autossuficiente a médio prazo”, declarou o professor Jesiel. As finanças das instalações seriam geridas pela Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) e a direção executiva seria formada por cerca de três pesquisadores, indicados pelo reitor da UFG.
Seria implantado ainda um comitê gestor, composto por todas as instituições executoras, além de outros parceiros, como a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás e a Agência Municipal de Tecnologia e Informação, responsável por fixar focos de pesquisa e políticas para o desenvolvimento dos produtos e serviços do CRTI. Uma equipe multidisciplinar, composta por professores da UFG, de várias áreas do conhecimento, vai integrar o comitê. O centro já deverá estar operando em caráter experimental a partir de agosto de 2012.
Durante o primeiro ano de funcionamento, o CRTI será estruturado em divisões principais; Divisão de Imagens de Alta Resolução e Microscopia, Análise Química Estrutural, Análise Ambiental e Infraestrutura Complementar. Além disso, as ações devem ser desenvolvidas em cooperação com laboratórios associados.

Muitos dos presentes elogiaram a possibilidade de se aproveitar o conhecimento produzido na universidade e a estrutura de seus laboratórios, e apontaram formas pelas quais a universidade poderia se inserir no mercado competitivo, oferecendo soluções para os problemas das empresas e indústrias. Edward Madureira Brasil esclareceu, contudo, que a intenção não é a de trabalhar com uma lógica de mercado: “O papel das universidades é oferecer análises e serviços que não são oferecidos rotineiramente; devemos gerar inovação não para competir, mas para criar novos espaços de competição no mercado. E é essa a intenção com o CRTI”, declarou.
O professor Jesiel, que coordena o processo de aquisição dos materiais e equipamentos para a unidade, disse ainda que os técnicos que irão trabalhar no novo espaço devem ser exclusivos, contratados por meio de concurso. A presidente da Fapeg, Maria Zaíra Turchi, ressaltou a necessidade de cooperação entre todas as partes envolvidas para o sucesso do empreendimento.
Source: Ascom/UFG
Categories: Tecnologia e Inovação
