Estudantes da UFG conquistam colocação inédita na XVI Maratona de Programação

En 09/11/11 06:47 .
A equipe formada por três integrantes conquistou o 11° lugar na competição que reuniu os melhores estudantes de Ciência da Computação do Brasil

Foram cinco horas de muita concentração e raciocínio para os integrantes das 51 equipes que disputaram no dia 5 de novembro a final da XVI Maratona de Programação. A competição, que juntou os melhores estudantes de Ciência de Computação do Brasil, ocorreu no Centro de Cultura e Eventos, Câmpus Samambaia da UFG.

A equipe Monkeys, formada pelos estudantes de Ciência da Computação da UFG, Paulo César Pereira Costa, Murilo Adriano Vasconcellos e Wisllay Martins Vitrio dos Santos, acertou quatro dos 11 problemas propostos, contabilizando 374 pontos, e conquistando assim o décimo primeiro lugar. Colocação inédita para a instituição goiana. “Infelizmente não conseguimos finalizar a resolução de um problema para completarmos cinco questões resolvidas”, lamentou Murilo Vasconcellos.

O professor Humberto Longo, que orientou o treinamento da equipe, reconheceu o esforço dos estudantes e destacou que eles terão a partir de agora uma motivação a mais para continuar participando da maratona. “Embora não tenhamos atingido a meta muito ambiciosa de ficarmos entre os medalhistas (os dez primeiros) e conseguir uma vaga para participar do mundial, estou muito satisfeito com o nosso resultado. Foi um salto muito grande subir dez posições na classificação final da disputa nacional no prazo de um ano”, avaliou. O professor espera que esta experiência possa repercutir ainda mais entre outros estudantes, assim como em outras instituições, para que haja cada vez mais participantes.

 

Sob a orientação do professor Humberto Longo, a equipe da UFG conseguiu subir 10 posições na classificação nacional em um ano

Formada pelos estudantes do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Filipe Martins, Luiz Afonso e Davi Duarte, a equipe Challenge Accepted ! foi a campeã com a resolução de oito problemas, contabilizando 1.180 pontos. Foi a oitava vez que a instituição pernambucana formou uma equipe que conquistou a final da Maratona de Programação. “Ficamos muito tempo em um problema e esperamos até o último segundo para enviar a resposta aos juízes”, declarou Luiz Afonso. E foi por esta resposta enviada nos últimos segundos antes do término da competição que os pernambucanos passaram à frente da equipe Comp-Ele Error, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), e garantiram o primeiro lugar.

Os problemas resolvidos eram avaliados por seis juízes que recebiam pela rede as respostas. A cada resposta correta um balão colorido era entregue à equipe para anunciar o fechamento correto da questão. A disputa este ano estava tão acirrada e tensa que os estudantes mal comemoravam a entrega dos balões. Para a treinadora da equipe da UFPE, Liliane Salgado, este ano a capacidade técnica das equipes estava muito equilibrada.

Os ganhadores receberam o troféu e as medalhas das mãos do
coordenador nacional da competição, Carlos Ferreira, da Universidade de São Paulo (USP), e do presidente da Fundação Carlos Chagas, Fernando Calza de Salles Freire, que, em parceria com a IBM, patrocinou a competição. Fernando Freire informou que o patrocínio custeou as despesas com passagem, hospedagem e alimentação dos competidores. Outra parte dos recursos também será usada para custear as despesas com professores estrangeiros que foram convidados para reforçar o treinamento das equipes classificadas para o Mundial, que em 2012 ocorre em Varsóvia, na Polônia.

 

Com oito questões resolvidas, a equipe da Universidade Federal de Pernambuco confirmou o favoritismo

 

O presidente da Fundação Carlos Chagas declarou ser uma satisfação perceber que, a cada ano, os brasileiros têm melhorado a sua classificação no ranking mundial. Para ele mais parceiros poderiam ajudar na divulgação de eventos como este, que poderia ter mais repercussão na mídia brasileira. “É um trabalho interessante. Os garotos envolvidos nessas competições são sempre muito dedicados aos estudos e muitos deles voltam às universidades como professores. Acabam ajudando nas competições seguintes”, completou Fernando Freire.

A história do técnico da equipe * da Tripanossoma, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) – segunda colocada na competição deste ano –, Bruno Ribas, exemplifica bem a fala do presidente da Fundação Carlos Chagas. Bruno Ribas hoje é doutorando na UFPR e já participou em edições passadas da Maratona de Programação. Ao lado de outros dois irmãos, ele já representou o Brasil na disputa do mundial. Bruno Ribas destacou o significado da disputa para os estudantes: “Profissionalmente é muito importante, pois os competidores conseguem aprender especificidades da área de programação. Ficamos mais habilitados para solucionar problemas mais gerais, ao passo que quem não participa da maratona pode ter dificuldade em lidar com alguns algoritmos específicos, o que dificulta na hora de solucionar problemas e atuar no trabalho”.

A Maratona de Programação é realizada no Brasil desde o ano 2000 pela Sociedade Brasileira de Computação. Para o coordenador nacional da competição, Carlos Ferreira, o importante é que a cada ano mais instituições formem times para disputar a etapa brasileira, aumentando, assim, as chances de equipes brasileiras conquistarem boas colocações no mundial.


Fuente: Ascom / UFG

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