Coordenadora do programa de cooperação Brasil Moçambique encontra-se com administração da UFG
Michele Martins
Foto: Mário Braz
O reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, encontrou-se no dia 27 de outubro com a coordenadora do curso de Ciências Biológicas, na modalidade a distância, do Programa de Cooperação Brasil Moçambique, Ana Romão Wamir da Conceição, acompanhados pela pró-reitora de Graduação, Sandramara Matias Chaves, e por sua equipe.
Na pauta foram expostas as principais dificuldades enfrentadas em Moçambique para a manutenção do curso de formação de professores naquele país. De acordo com Ana Romão, cerca de 200 estudantes correm o risco de ficar sem aulas por falta de material didático e de recursos para as aulas práticas no início de 2012. “A condução deste curso implica muito empenho dos tutores e estudantes, porque passamos por estas dificuldades”, destacou Ana Romão.
O coordenador brasileiro do curso, Welinton Ribamar Lopes, esclareceu que as dificuldades enfrentadas são resultado da extinção da Secretaria de Ensino a Distância do Ministério da Educação (MEC). Por esta razão, o curso ficou sem o amparo prometido. “A dificuldade maior neste momento é definir os novos gestores dos recursos que viabilizam a produção de material didático e pagamento de bolsas”, declarou o professor.
Em caráter emergencial ficou decidido que a UFG ajudará na produção do material didático impresso para o próximo semestre. O diretor do Centro Integrado de Aprendizagem em Rede (Ciar), Leonardo Barra Santana de Souza, anunciou também que, em relação à plataforma de ensino, o órgão deve disponibilizar agentes pedagógicos e técnicos para ministrar a capacitação de professores do curso em Moçambique.
Importância do curso
Para Welinton Ribamar Lopes, somente os envolvidos diretamente no programa conseguem perceber o alcance social das ações desenvolvidas. “Dos quatro cursos oferecidos pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), este é o de melhor avaliação, tanto pelos tutores quanto pelos estudantes. Apesar de todas estas dificuldades, como as negociações com a Capes sobre as diretrizes da educação, o não-pagamento de bolsas e a falta de material didático, o nosso curso se destaca e não podemos perder essa característica”, defendeu.
O reitor Edward Madureira Brasil e a equipe presente reforçaram a importância da parceria e mostraram-se solidários com a coordenação da Universidade Pedagógica de Moçambique. “Quando expomos todas as dificuldades, podemos chegar às soluções dos problemas existentes e, no que nos couber, ajudaremos a conquistar e manter a excelência deste projeto. Espero que esta parceria extrapole a formação de professores, chegando à pesquisa e à pós-graduação”, declarou o reitor
O Programa
A convite do Ministério da Educação, a UFG, juntamente com outras quatro universidades federais, participou da implantação da Universidade Aberta do Brasil (UAB). Por meio de parceria com a Universidade Pedagógica de Moçambique, localizada em Maputo, a UFG ministra o curso de Ciências Biológicas na modalidade a distância, oferecido em três polos, nas cidades de Maputo, Lichinga e Beira.
Além do curso de Ciências Biológicas, a UAB ministra também cursos de Pedagogia, Matemática e Gestão Pública (o único não relacionado com a formação de professores). As outras instituições participantes são a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). O cronograma de convênio com as universidades está firmado até 2019. Até lá pretende-se formar 7.200 estudantes.
Fonte: Ascom / UFG
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