Estudantes de Libras relatam a influência da língua em suas vidas
Estudantes do curso de Letras de todo o país estão reunidos no Câmpus Samambaia da UFG para discutir, entre outros assuntos, o ensino de Línguas e Literatura no país. Simultaneamente ao Encontro Nacional dos Estudantes de Letras (Enel), ocorre também o I Seminário Nacional de Libras (SNI). Na manhã do dia 19 de julho foi realizada uma mesa-redonda com a professora do curso de Letras – Libras da UFG, Neuma Chaveiro e seus alunos. O tema da mesa era discutir a aquisição de linguagem, no caso a Língua Brasileira de Sinais.
Em sua fala a professora relatou que a aquisição da Libras por crianças surdas é semelhante a aquisição oral de uma criança ouvinte. Por isso o diagnóstico da surdez deve ser feito cedo para que a criança não passe da idade ideal para aprender e desenvolver a linguagem, o que pode gerar dificuldades na idade adulta. A estudante de Libras da UFG, Edina Alves, explicou que começou aprender a língua com seis anos de idade e que isso facilitou muito a sua comunicação. “Sinto que posso ser compreendida, fazer amizades, mas ainda tenho dificuldades na escrita”.
Gilsomar Rocha também estudante da UFG graduando em Libras, relatou como a Língua Brasileira de Sinais facilitou sua vida, para fazer amigos, namorar e estudar. Ele começou a aprender a língua aos nove anos de idade, porém enfrentou dificuldades com sua família, que acreditava que ele poderia ouvir e assim desenvolver a fala. Outro problema foi o despreparo de algumas escolas para receber estudantes surdos.
O 32º Enel e o I SNL vão até o dia 23 de julho, no Câmpus Samambaia. Confira programação.
Fonte: Ascom/UFG
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