Ministro da Educação enfatiza valorização dos professores em conferência na SBPC
Por Ana Paula Vieira
A valorização dos professores deu a tônica da conferência do ministro da Educação Fernando Haddad durante conferência na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) nesta quinta-feira, 14. Dentre as vinte metas elencadas no Plano Nacional de Educação (PNE) 2011 – 2020, as iniciativas relacionadas à formação e valorização docente foram ressaltadas na fala do conferencista.
De acordo com Haddad, 56% dos professores da educação superior tem título de mestre ou doutor, e o PNE propõe chegar a 75%. Porém, esta realidade não se aplica aos professores da Educação Básica, e iniciativas como o Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor) atuam neste sentido. Outra ideia apresentada é a expansão de mestrados profissionais voltados para a área da Educação.

Outra ideia apresentada pelo ministro é a gratuidade das licenciaturas. Segundo ele, se um estudante graduar-se em cursos de licenciatura usando o financiamento estudantil (Fies) e depois de formado atuar na rede pública, a dívida seria perdoada. Fernando Haddad também afirmou que o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), que articula estudantes de licenciatura à prática, em escolas da rede pública, “é uma das coisas mais importantes para o país”.
Remuneração
Segundo o ministro da Educação, o professorado brasileiro ganha 60% da média do que ganham outros profissionais de nível superior. “Fixamos uma meta que equaliza que equaliza o salário médio dos professores ao de outros profissionais”, garantiu o conferencista.
Porém, para a professora das redes pública e municipal da cidade de Chorozinho, interior do Ceará, Georgina Barros de Oliveira, o problema não está só na remuneração. “O salário é uma questão secundária frente à formação do professor”. A participante ressaltou ainda a limitação dos professores, que tem que trabalhar em três períodos e ainda ter tempo para a qualificação. “Temos que levantar a bandeira para sermos realmente valorizados”, finalizou a professora.

A polêmica quanto a um projeto de lei que pretende autorizar a contratação de professores universitários sem títulos de pós-graduação também permeou os debates. Porém, o ministro afirmou: “O caminho para a qualificação é a exigência de titulação”, opinou Haddad.
Avanços
O PNE 2011 – 2020 traz outra novidade: a obrigatoriedade do investimento de um porcentual do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, matéria vetada no plano de 2001 – 2010. Haddad comemorou o bom momento da Educação no país, como a expansão das universidades e institutos federais e a universalização do Ensino Fundamental. “Do sindicato ao Colegiado de Reitores, temos que saber que esta é a hora de avançar na agenda da educação”, analisou o ministro.

Fonte: Ascom / UFG
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